ASTRONAUTA OU PRÍNCIPE PODEM SER VICE DE BOLSONARO

Imagem: PapoTV
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Parece enredo de novela mexicana, mas não é: Astronauta e príncipe entram na disputa pela vice de Bolsonaro

Com a subida no telhado da advogada Janaína Paschoal como vice de Bolsonaro, o deputado procura opções no próprio partido.

Co-autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff em 2016, Janaína chegou a sentar ao lado do presidenciável em sua convenção no domingo (22). Mas, ao discursar, irritou Bolsonaro e seus aliados com uma fala pedindo moderação e criticando apoio cego ao deputado.

O desgaste catapultou Marcos Pontes, 55 anos, o primeiro brasileiro a ir ao espaço, para o topo da preferência de Bolsonaro para a vice. Pontes é filiado ao PSL do presidenciável e já havia sido anunciado por ele como seu ministro da Ciência e Tecnologia, no caso de ser eleito.

Bolsonaro costuma se rasgar em elogios a Pontes, que é um tenente-coronel reformado da Força Aérea. Em 2006, ele foi enviado à Estação Espacial Internacional em uma nave russa Soiuz, num golpe de propaganda do governo Lula, que pagou US$ 10 milhões pela carona sem fins científicos notáveis.

Outro nome que está sendo considerado pelo deputado é o do príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, da Casa Imperial Brasileira. Fundador do movimento antipetista Acorda Brasil, em 2014 o príncipe não está na linha de sucessão direta do trono abolido em 1889.

Tem 49 anos e filiou-se ao PSL de Bolsonaro, inicialmente para disputar uma vaga na Câmara por São Paulo. Dois sites ligados a Bolsonaro o apontaram, em enquetes de internet, como um bom vice, o que fez o príncipe dizer em rede social que não havia nenhum convite formal.

Janaína, apesar da resistência, ainda não está totalmente descartada da disputa. Ela agregaria um verniz feminino à imagem de Bolsonaro, francamente negativa entre as mulheres segundo pesquisas qualitativas. E o deputado ainda trabalha com a possibilidade de trazer um nome do meio militar, preferencialmente um general de quatro estrelas.

Um de seus favoritos, o general da reserva Augusto Heleno, havia topado a empreitada. Bolsonaro até indicou um partido nanico para ele se filiar, o PRP, mas literalmente esqueceu de combinar com os caciques da sigla. Resultado: ela não topou aliar-se ao PSL, deixando Bolsonaro e Heleno a pé.

Outro general polêmico por suas declarações, Hamilton Mourão, é citado entre apoiadores de Bolsonaro como opção. É filiado ao PRTB, que só fará sua convenção no prazo limite de 5 de agosto.
A dificuldade de Bolsonaro havia começado no ninho das candidaturas tradicionais. Gostaria de ver o senador Magno Malta (PR-ES) na sua chapa, e efetivamente o político evangélico o está apoiando, mas não houve acordo com o seu partido. Integrante do Centrão, o PR estava inclinado a Bolsonaro, mas acabou fechando com Geraldo Alckmin (PSDB).

Com informações: Folha de São Paulo


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