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Em entrevista ao Roda Viva, candidato afirma que portugueses nunca pisaram na África. O candidato também ignora o Golpe de 64.
Foi com frases de efeito como “eram os próprios negros que entregavam os escravos” e “que dívida é essa, meu Deus do céu. Um negro não é melhor do que eu, nem eu sou melhor do que ele. Por que cotas?” que Bolsonaro chamou atenção da mídia brasileira nesta segunda-feira (30/7).
Dentre outros malabarismos históricos, Bolsonaro voltou a defender Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi do Segundo Exército (1970-74), órgão de repressão e de tortura entre 1964 e 1985. Ustra foi o primeiro militar condenado por tortura. “Se tivéssemos perdido, hoje o Brasil seria uma Cuba”, repetiu o bordão da direita brasileira para justificar o indefensável.
Bolsonaro ainda desconversou sobre os arquivos da ditadura militar, citando a Lei da Anistia. Quando perguntado sobre a declaração em que clama peloo fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso, em plenário, Bolsonaro afirmou que gozava de imunidade parlamentar para fazer o discurso que quisesse. O jurista José Gregori, que fez a pergunta, eventualmente já foi vítima da ira de Bolsonaro. Apesar disso, o presidenciável negou ter sugerido o fuzilamento de Gregori, por não se tratar de alguém importante e, portanto, não “merecer” sua atenção.
O candidato ainda disse que “não importa não dominar nenhuma proposta para as áreas de economia, de educação, de saúde, de ciência e tecnologia.” Diz ele que tem especialistas para isso.
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/07/31/interna_politica,976795/bolsonaro-ignora-escravidao-e-golpe.shtml
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