FAKE NEWS: CIRO VAI SOLTAR LULA?

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Ganhou repercussão na internet um trecho de uma entrevista dada pelo presidenciável Ciro Gomes (PDT) na qual ele teria afirmado que Lula “só tem chance se a gente assumir o poder e organizar a carga”.
A equipe da Agencia MBRASIL foi verificar se tal afirmação é verdade ou mito.
A entrevista foi dada à maranhense ‘TV Difusora’ e a conclusão a que chegamos:

MITO

Segue o trecho completo da entrevista na qual ocorreu a declaração: https://www.youtube.com/watch?v=NDTBgQpEa24

De início se percebe que o trecho é bem maior do que tem sido divulgado. O candidato, questionado acerca das alianças com o partido de Lula, começa discorrer sobre a estratégia do PT com o expresidente preso. No momento declaração, Ciro discorria mais especificamente sobre a questão jurídica do processo do expresidente.

Tecendo criticas à postura do PT por tentar colocar uma candidatura de última hora, o pedetista dá a entender que a estratégia seria perigosa e que poderia se virar contra o próprio PT.

Acerca do polêmico processo do presidente Lula, que tem sido alvo de muito debates e críticas no mundo jurídico, por desrespeito às garantias do ‘devido processo legal’, Ciro afirma que se “um cabra ganha do outro lado” não teria chance de Lula sair da cadeia. Isto por não haver interesse em restaurar a ordem constitucional e realizar um um processo realmente transparente e imparcial ao expresidente. Tal interpretação é trazida no contexto no qual Ciro afirma se predispor a “organizar a carga. Botar o judiciário na sua caixinha, o ministério público na sua caixinha”. Não foi a primeira vez que o mesmo fez referência a que cada órgão e Poder se limite a cumprir suas funções constitucionais, sem exacerbar de suas competências.

Recentemente o processo do expresidente Lula voltou ao noticiário, quando, em pleno domingo, um desembargador de plantão no TRF-4 aceitou um Habeas Corpus, impetrado pelo Partido dos Trabalhadores, decidindo pela soltura de Lula. No mesmo domingo, o juiz Sergio Mouro, que estava de férias, recusou cumprir a ordem, suscitando confuso conflito e levando o desembargador Presidente do TRF-4 a se manifestar no mesmo dia, em questões de horas. Algo totalmente incomum no Judiciário brasileiro.

Tais atuações, protagonizas de dentro do Judiciário, têm recebido críticas tanto no meio jurídico, como da própria população. Esta dá sinais de que, cada vez mais, vem aderindo ao discurso de perseguição ao expresidente Lula.

A popularidade dos juízes e promotores da Lava Jato tem caído vertiginosamente, enquanto pesquisas mostram que Lula surfa numa onda de popularidade que lhe garantem o primeiro lugar para a corrida presidencial. Especialistas vem afirmando que um clima de insegurança jurídica tem tomado o país.

Ciro embora tenha apoiado a Lava Jato em incontáveis declarações, tem sistematicamente apontado para uma situação de “baderna” instalada no conjunto de operações. Neste sentido, já havia alertado que equívocos técnico-jurídicos da Lava Jato poderiam resultar em diversas nulidades, e impunidade. Por isso, receava ver os esforços no combate a corrução escoarem pelo ralo.

Diversos acusados da operação tem conseguido reverter na instancias superiores condenações e determinações de reclusão.

Até mesmo jornalistas opositores ao Ciro, como Reinaldo Azevedo, vem dando razão as declarações de Ciro, alegando a defesa de um processo justo, imparcial e transparente a todos.

Ciro Gomes, na mesma entrevista, reafirmou ser contra assinar documento se “comprometendo” a dar indulto a Lula caso eleito. Ciro foi muito criticado e atacado pelo PT por se negar a assinar tal documento. Segundo Ciro Gomes, um indulto seria uma aberração diante do processo posto, além de atrapalhar o próprio Lula. “Restaurar a autoridade política”, para garantir um processo justo e imparcial, seria a única esperança de Lula tentar se provar inocente, acaso o seja. Assim, ele mesmo, Ciro Gomes se predisporia a esse papel de restauração da ordem constitucional.


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