JANAÍNA REPENSA BOLSONARO APÓS SER COMPARADA A TORTURADOR

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Bolsonaro já acredita que vai ter que encontrar um “plano Z” para vice em sua chapa.

Depois de ser esnobado por Magno Malta (PR-ES) e pelo general Augusto Heleno (PRP), agora também a advogada Janaína Pascoal, que foi coautora do pedido de impeachment que derrubou Dilma Rousseff desiste de Bolsonaro em favor de um projeto pessoal.

Bolsonaro acredita que Janaína decidirá por uma candidatura a deputada estadual por São Paulo:

“A minha opinião é que, por questão familiar, ela deve ser candidata a deputada estadual, que sempre foi a primeira opção dela”, disse Bolsonaro a VEJA na noite desta segunda-feira, 24 de julho.

O deputado minimizou a situação de isolamento de sua candidatura, pois segundo ele, na verdade terá quatro vices.

“A gente vai ficar com quatro vices. Todo mundo que já foi cogitado ser vice nosso continua do nosso lado”.

Apesar de Bolsonaro dizer que a família seria a principal razão para Janaina recusar o convite, a postura “progressista” da advogada teria causado mal-estar entre os apoiadores mais puristas de Bolsonaro. Eles desaprovaram o convite a Janaina, dentre outras coisas, porque ela não adere totalmente ao ideário do candidato (a advogada é contra a redução da maioridade penal e favor da descriminalização do aborto, por exemplo).

O discurso dela na convenção, cujo tom foi de reprimenda ao “pensamento único”, não contribuiu para aumentar a simpatia a ela no grupo pró-Bolsonaro.

A advogada e professora licenciada da USP também se mostrou indignada ao ser comparada com o coronel Brilhante Ulstra, conhecido torturador, por Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro.

Entrevistada pela Jovem Pan nesta manhã, ela disse que foi como levar “um soco na cara”:

“Entendi que ele estava tentando me homenagear. Estou acostumada com pessoas que pensam muito diferente de mim e procurei ver a intenção em si. Tento trocar os personagens. Se estivesse num ambiente esquerdista e alguém me comparasse a Lenin, também ficaria chateada. Meu sentimento ali foi de um soco na cara, mas tento analisar o intuito de quem fala.”

À Jovem Pan, ela admitiu que a família pesa na decisão, mas ressaltou que a liberdade de ideias é essencial. Janaina e Bolsonaro se encontraram pela primeira vez no domingo. As conversas dela com o partido se deram por meio de Gustavo Bebianno, presidente da legenda.

Alternativas para Bolsonaro:

Se a resposta de Janaína for negativa, Bolsonaro ao menos terá duas opções imediatas: o presidente licenciado do PSL, o empresário e ex-deputado Luciano Bivar, e o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), presidente do diretório mineiro do partido. No caso do deputado, a resposta afirmativa é garantida: nesta segunda, Antônio disse a VEJA que já foi consultado por Bolsonaro e respondeu que aceitaria o convite.

Com informações: Veja, BR18


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