NA GUERRA DE TRUMP CONTRA A CHINA, BRASIL E RUSSIA SAEM GANHANDO

Imagem: Sputnik International
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A China é atualmente o maior importador individual de soja não processada (soybean), tendo importado em 2017 um total de 95,5 milhões de toneladas, o Brasil foi seu maior fornecedor, com 50,9 milhões de toneladas, os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, enviando a China 32,8 milhões de toneladas.

Porém, a posição dos EUA como exportador de soja está comprometida pela guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump.

A imposição de sobretarifas sobre produtos chineses por parte do EUA fez com que a China também impusesse sobretarifas sobre produtos estadunidenses, especialmente soja, o que está resultando no cancelamento de importações de soja estadunidense por parte da China, que deverá obter o grão em outros mercados, como Brasil e Russia.

Como principal exportador global de soja, o Brasil tem a ganhar com a guerra comercial iniciada por Trump.

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, o volume exportado desde o início deste ano até abril chegou a 29,2 milhões de toneladas de soja, alta de 5,4% perante as 27,7 milhões de toneladas enviadas no mesmo período do ano passado.

Apenas uma pequena parte da soja importada pela China vem da Russia, porém, com o progresso das tensões comerciais entre EUA e China, essa quantidade quase triplicou e tende a aumentar a medida que a Russia consiga melhorar sua capacidade de produção de soja em um clima pouco amigável para este cultivo.

A Russia enviou a China 850 mil toneladas de soja desde o início da atual temporada em julho passado até maio deste ano, de acordo com a agência governamental Rosselkhoznadzor, o que é mais do que já foi enviado em qualquer momento no passado e quase o tripo das 340 mil toneladas enviadas durante a temporada anterior, de acordo com o Departamento de Alfândega da China.

Ao contrário da soja estadunidense, que, assim como a brasileira, precisa ser enviada de navio, a soja russa chega a China por trens, o que representa uma vantagem competitiva para os produtores russos.

Imagem: Blomberg

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Com informações: Blomberg, ISTOÉ, Notícias Agrícolas


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