PR MULHER EMBARREIRA ACORDO DE BOLSONARO E PR

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Alvo de desejo de Bolsonaro, a cúpula do PR enfrenta uma inesperada resistência dentro do partido para fechar a coligação: as mulheres. Informações dão conta que o PR MULHER vem minando por dentro a chance de acordo, por conta do passado de frases polemicas de Bolsonaro quanto ao público feminino.

Com as informações, O Globo.

SÃO PAULO – Enquanto a cúpula do PR ainda avalia uma possível aliança com o pré-candidato à Presidência, o deputado Jair Bolsonaro, a ala feminina do partido comandado informalmente por Valdemar Costa Neto resiste a um acordo com o PSL. Autor de declarações controversas sobre mulheres — ele foi condenado por dizer que a deputada Maria do Rosário (PT) não merecia ser estuprada por ser “muito feia” —, Bolsonaro não tem agradado a ala feminina do PR.

Um movimento contra a aliança entre PR e Bolsonaro vem surgindo nos bastidores, e o descontentamento das mulheres do partido com o apoio ao ex-capitão do Exército deve ser discutido nos próximos dias numa reunião da sigla. O temor no “PR Mulher” é que o apoio ao presidenciável prejudique o desempenho de suas candidatas junto às eleitoras, grupo onde Bolsonaro mais enfrenta dificuldade para crescer. Costa Neto tem justificado a aproximação com o PSL alegando que 30 dos 41 parlamentares da legenda querem estar ao lado de Bolsonaro.

— Ninguém fala isso oficialmente, porque as chances de a aliança são grandes e isso pode causar problema adiante, mas a preocupação existe pela postura de Bolsonaro. Não agrada às mulheres e estamos trabalhando contra essa aliança — diz uma integrante do movimento feminino do partido.

A relutância feminina dentro do PR é só mais um dos problemas da pré-candidatura de Bolsonaro com as mulheres.

Líder das pesquisas com 19% nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro tem 26% da preferência entre os homens e apenas 12% entre as mulheres. Já Marina Silva (Rede), segunda colocada nas pesquisas com 15%, é o nome com maior percentual de intenções de votos entre mulheres. São 17%, contra 12% da preferência dos homens. Pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, com 10% da preferência no total, tem 12% entre homens e 8% nas mulheres. Por sua vez, Geraldo Alckmin (PSDB), em quarto lugar nas pesquisas com 7%, repete este percentual em ambos os sexos.


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