PSB SERÁ NEUTRO, ESTADOS SE DIVIDIRÃO ENTRE CIRO E PT

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Em PSB em convenção nacional, deste domingo (05/08), opta pela neutralidade e não apoiará formalmente nenhum candidato a presidente. Tal decisão foi impulsionada por uma manobra do PT, que prometeu apoio e palanques a candidatos regionais do PSB em troca da neutralidade.

Lula temia que se o acordo do PSB com Ciro Gomes (PDT) prosperasse, desse uma força enorme ao candidato pedetista e ameaçasse a hegemonia lulista no campo da dita esquerda. Para muitos, tal ato foi uma traição à Ciro que sempre apoiou o expresidente.

Com a atitude o PSB rachou e diversas lideranças estaduais já prometeram apoio a Ciro Gomes. Dentre eles estão o diretório de Minas Gerais, DF, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, e quase a totalidade do Nordeste, exceção de Pernambuco, que foi um dos beneficiados com o acordão de Lula. 

A convenção nacional do PSB começou com a legenda sob clara divisão de correligionários. Com palavras de ordem, militantes entraram no saguão do evento gritando “Minas Gerais já declarou Márcio Lacerda governador”. Outros pessebistas ostentam cartazes com frases como “Ciro Gomes presidente” e “Ciro não é poste, Ciro é luz”. Pressionado, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, defendeu a tese de que o partido vote a proposta de “não formalização de coligações”. 

O mandatário pessebista sustentou que a proposta é o melhor caminho para permitir que, nos estados, os candidatos da legenda a governador, senador e deputado possam coligar com partidos com “afinidade política e programática”.


Caso emblemático é de Marcio Lacerda, que pleiteava disputar o cargo de governador em Minas Gerais, pelo PSB. O grupo do exprefeito sofre com a interferência de Carlos Siqueira, presidente do PSB Nacional, que prometeu rifar sua candidatura, em nome do acordo com o PT, dando apoio a Fernando Pimentel (PT), na disputa em Minas.

Para Ciro nem tudo é caos. Embora não conte mais com o tempo de televisão e aporte financeiro do PSB, o candidato a presidência tem recebido diversos apoios de grupos petistas, irritados coma estratégia eleitoral, que inviabilizou, por exemplo, Marília Arraes do PT de Pernambuco, vereadora popular, neta de Miguel Arraes que despontava como favorita na disputa pro Governo do Estado.


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