TEMER ANUNCIOU CESSÃO DE DIREITOS DA PETROBRAS EM CAMPOS DE PETRÓLEO

Campos Petróleo
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Com informações Monitor Digital

A Petrobras anunciou, na última segunda-feira, o início da fase vinculante do processo de venda de 50% de seus direitos e obrigações de exploração e produção do Campo de Tartaruga Verde e do Módulo III do Campo de Espadarte, ambos localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Sobre o Campo de Tartaruga Verde, a estatal informou que a venda de parte da participação da companhia não envolve a transferência da operação do campo.

Mais cedo, a empresa já havia anunciado a fase vinculante da venda da totalidade do Campo de Baúna, localizado em águas rasas da Bacia de Santos.

Nessa etapa do projeto, os interessados habilitados na fase anterior receberão cartas-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento (venda de ativos), incluindo as orientações para realização de due diligence (busca de informações) e para envio das propostas vinculantes.

No comunicado ao mercado, a Petrobras destacou que a divulgação está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da empresa e alinhada às disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto em decreto que trata do tema.

Uma das principais metas da companhia é baixar o endividamento para duas vezes e meia o valor da geração de caixa. Hoje essa relação está em 3,23 vezes. Ao longo do segundo trimestre, a Petrobras conseguiu melhorar o perfil de sua dívida, reduzindo as taxas de juros e ampliando prazos de pagamento. Nos últimos três anos, o endividamento líquido encolheu 42% frente aos R$ 493 bilhões do período mais crítico, no fim de 2015.

Tartaruga Verde

A Petrobras detém 100% de participação no campo de Tartaruga Verde. Uma das jazidas do campo se estende além do limite da concessão BM-C-36 e possui Acordo de Individualização da Produção (AIP) assinado com a PPSA.

O primeiro óleo está previsto para o 2º trimestre de 2018, devendo atingir um pico de produção acima de 100.000 barris por dia em 2019, sendo toda a produção escoada pelo FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes.

No módulo III do campo de Espadarte, a estatal detém 100% de participação. O desenvolvimento da produção desse módulo será realizado interligando um poço ao mesmo FPSO alocado no campo de Tartaruga Verde.

O primeiro óleo está previsto para o primeiro trimestre de 2021, com pico de produção alcançando 10,5 mil de barris por dia.

Águas rasas

Atualmente, a estatal é operadora do campo de Baúna com 100% de participação, com produção média de petróleo, em janeiro deste ano, de cerca de 34 mil barris por dia. Todo o gás produzido é reinjetado no próprio campo. A venda faz parte do plano de desinvestimento da Petrobras, alinhada às disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de pertróleo, gás natural e outros hidrocarburetos fluidos, previstos em decreto.

Localizado ao sul da Bacia de Santos, o campo de Baúna iniciou a produção em fevereiro de 2013, com o pico de produção acima de 76 mil bairros de óleo por dia já em setembro do mesmo ano. A produção média em janeiro de 2018 foi de 33,7 mil barris por dia de óleo leve (33 ° API).

O sistema de produção é formado por seis poços produtores, três poços injetores de água e um poço de injeção de gás, interligados ao FPSO Cidade de Itajaí (unidade flutuante que produz, armazena e escoa petróleo e gás natural), com capacidade de processamento de 80 mil barris diários.


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