ROMÁRIO EM SABATINA DO RJTV TEVE QUE EXPLICAR SOBRE NOMEAÇÃO DE PARENTES NA SECRETARIA DE ESPORTES

Romário
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Com informações Uol

Candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Podemos, Romário negou nesta sexta-feira (14) o uso de familiares como “laranjas” para ocultação do seu patrimônio. “Isso seria coisa de imbecil, de idiota. O dinheiro é meu e dou para quem quiser”, disse o candidato em sabatina no “RJTV”, da “TV Globo”.

Ele respondia a questionamento sobre imóveis e veículos que, de acordo com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, aparecem em nome da sua irmã Zoraide de Souza Faria, mas que seriam de Romário.

De acordo com o órgão, Zoraide não teria fluxo financeiro compatível com a sua evolução patrimonial registrada nos últimos anos, como mostrou reportagem do jornal “O Globo”.

A intenção do político com o repasse de alguns dos seus bens para familiares seria escapar de credores – entre eles, a União. O candidato nega a suspeita.

Romário disse que doou bens e fez empréstimos para a irmã. Apesar de dizer que o patrimônio não é mais seu, o candidato admitiu ter feito uso de um veículo Porsche, avaliado em R$ 350 mil, que também está em nome da irmã.

“Eu dirijo quando quiser. O meu dinheiro foi ganho enquanto jogador de futebol. Flamengo, Vasco e Fluminense me pagam até hoje. Se eu quiser dar ou emprestar para quem quer que seja, o problema é meu. Nesse caso, se tratou de um empréstimo feito para a minha irmã”, disse.

Perda da CNH e nomeações

Questionado sobre a perda de sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em 2016, decorrente de três negativas para realizar o teste do bafômetro, Romário disse ter se negado a fazer o exame por não concordar com a abordagem.

“Não bebo, não devia nada, mas não gostei da maneira com que a abordagem do agente da Operação Lei Seca foi feita nessas ocasiões. Eu já errei, não nego. Meus problemas serão todos resolvidos, mas não tenho nada que me incrimine da vida pública”, completou.

Apesar de estar sem habilitação, Romário admitiu ter dirigido neste período – ele foi fotografado no volante enquanto circulava pela Barra da Tijuca (zona oeste) neste ano. “Dirigi para ajudar uma amiga que não estava se sentindo bem nesta ocasião”, disse.

Romário confirmou ter indicado o nome de Marcos Braz para a Secretaria Municipal de Esportes do Rio, em 2015, mas não soube justificar o porquê da nomeação de uma irmã, um sobrinho e amigos de infância na pasta. “Pode ter sido coincidência. Os critérios não foram meus. Isso deve ser questionado a ele e ao Eduardo Paes, que era prefeito na época”, se esquivou.

Os adversários de campanha Paes (MDB) e Anthony Garotinho (PRP) não escaparam de indiretas. “Dentre os três primeiros, eu sou o único que não tem qualquer denúncia de uso de dinheiro público. As pessoas devem acreditar na minha honestidade”, disse.

Romário aparece tecnicamente empatado com Paes, na última pesquisa divulgada pelo Ibope. Garotinho, que recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após ter a candidatura barrada, surge na terceira colocação.

Em relação à área econômica, Romário prometeu solucionar dívidas de R$ 142 bilhões do estado com auditorias nas contas públicas e reavaliação dos contratos de isenção fiscal. “Eu não sou especialista nessa área, mas escolhi o economista Guilherme Mercês como secretário da Fazenda do meu eventual governo. Eu estudei em escola pública, cresci em uma favela. Conheço bem este estado e estou pronto para o desafio de ser governador”, concluiu.


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