PDT E CIRO SE POSICIONAM CONTRA BOLSONARO, MAS NÃO FARÃO CAMPANHA PARA HADDAD. ENTENDA

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O PDT oficializou nesta quarta-feira (10/10) o apoio “crítico a Fernando Haddad (PT) no segundo turno da corrida presidencial, cuja votação ocorre no dia 28. A confirmação foi feita após reunião da Executiva nacional do partido, em Brasília. O petista disputa a etapa final contra Jair Bolsonaro(PSL).

De acordo com nota divulgada após o encontro do comando partidário, o apoio a Haddad tem como principal objetivo “evitar a vitória das forças mais reacionárias e atrasadas do Brasil e a derrocada da democracia”. Segundo o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, “[Jair Bolsonaro] É um golpe que pode ser legitimado pelo voto popular. […] Nós somos o partido dos cassados, dos oprimidos, exilados e dos mortos. Não esqueceremos disso. Em nome dessa memória, queremos alertar o povo brasileiro sobre o risco que o país corre elegendo essa personalidade, que engana o povo brasileiro”.

O dirigente afirmou que os pedetistas não fizeram qualquer reivindicação para aderir ao petista nesta segunda rodada da eleição à Presidência. No entanto, o candidato do partido derrotado na corrida presidencial, Ciro Gomes, que participou da reunião desta quarta, não estará no palanque de Haddad.

No chamado apoio crítico, o PDT não fará campanha para Fernando Haddad. E vai além: promete ser oposição em um futuro governo petista. Além disto, os correligionários que optem pela neutralidade no pleito não serão punidos. É o caso da senadora Kátia Abreu, que foi vice de Ciro e já anunciou sua neutralidade.

É nisto que consiste o chamado “apoio crítico” do PDT ao presidenciável petista: os pedetistas são frontalmente contra Bolsonaro e, por isso, darão seu apoio à distância com a chapa O Povo Feliz de Novo durante o segundo turno. Para não desgastar o partido com denúncias de corrupção que assolam o PT, e preservar a imagem de Ciro Gomes, aposta da legenda para a disputa presidencial de 2022, ficarão longe de palanques petistas, já que o PDT aposta no projeto nacional desenvolvimentista de Ciro, que se mostra diferente de pontos defendidos no polemico programa de governo de Fernando Haddad, que tem por trás a figura maior de Lula, como verdadeiro cabeça de chapa.

“Vamos, a partir de agora, construir 2022. Nós já estamos decididos em lançar a candidatura de Ciro Gomes”, disse Lupi, para, em seguida, voltar a detalhar o apoio crítico a Haddad.

“Esse apoio é principalmente pelos riscos que a gente corre com Bolsonaro. As críticas são relativas ao comportamento do PT no processo eleitoral conosco, aos golpes que eles nos desferiram durante toda a campanha, como pressões por retiradas de candidaturas. Mas agora não é hora de só olhar as nossas divergências”, disse Lupi. “Não faremos nenhuma reivindicação. É um voto sem participação na campanha. Não queremos participar de nenhum governo, se por ventura Haddad ganhar a eleição”, acrescentou.

O partido se ressente dos boicotes a campanha de Ciro Gomes feitas pelo PT e Lula. Porém, mesmo com o apelo interno partidário pela neutralidade, Lupi e Ciro optaram, por conta da história do partido, que tem em seus fundadores ex-exilados pela Ditadura, um ato de rejeição ao militarismo de Bolsonaro. Cogita-se, que além do Gen. Mourão, Bolsonaro coloque mais quatro generais como Ministros em seu futuro Governo. Apoiadores das redes sociais chegaram ase manifestar por uma posição “não voto em Bolsonaro”, destacando o conceito de rejeição à Bolsonaro e não um tom afirmativo à Haddad. Embora tenha prevalecido o termo “apoio crítico”, o conceito de enfoque no combate ao fascismo, luta pela democracia e rejeição ao candidato do PSL continuam o mesmo.


Ao deixar o encontro do PDT desta quarta-feira, Ciro afirmou: “Abaixo o fascismo! Pela democracia! Abaixo a ditadura! Ditadura nunca mais!”

Com informações Metrópoles



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