Dirceu Aposta em Bolsonaro: Vai Durar Muitos Anos. Tem Base Social e Força.

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O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT) afirmou nesta segunda-feira, 12, que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve durar muito anos, pois tem base popular. “É uma luta de longo prazo, não nos iludamos, não é de curto prazo. É um governo que tem base social, muita força e muito tempo.” O petista afirmou que a derrota do partido na última eleição não foi apenas “política, mas ideológica”.

Dirceu estava no Tuca, o teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), lançando seu livro de memórias. Começou sua palestra com uma autocrítica. “Muitas vezes nós nos desviamos. Temos que ter a coragem de dizer isso e eu tenho.” Sua autocrítica se estendeu a práticas petistas no governo. Disse que o partido se distanciou do cotidiano da população nos 13 anos em que esteve no poder. Completou sua crítica às relações da sigla com o combate à corrupção – Dirceu está condenado a 30 anos e 9 meses de prisão na Lava Jato.

Lembrou o uso político que esse combate teve no passado. “Digo isso não porque não tenhamos que combater a corrupção, porque não precisemos rever nossos erros principalmente sobre o sistema de financiamento de campanhas.”

Dirceu ainda disse que o desempenho de Fernando Haddad foi heroico, mas que ainda assim “querem nos impor medo”; ele emenda: “se fosse por medo não teríamos derrotado a ditadura”; ele defendeu um programa mínimo da oposição a Bolsonaro

Para ele, as forças de esquerda precisam retomar a relação com os pobres do país: “ao fazer uma análise do cenário político, Dirceu perguntou onde o PT estava quando o filho de uma mulher pobre chegava em casa sob efeito de drogas ou em momentos igualmente trágicos na vida do brasileiro”, escreveu a Folha de S.Paulo.

Por fim, classificou o momento em que o País passa como uma contrarrevolução. “Uma regressão cultural e política.” Para ele, as forças de oposição não devem se perder em debates que as dividem. “Cada um tem de cumprir seu papel. Lá na frente a gente se encontra.”


Sobre como a oposição deve se comportar, ele disse: “quer fazer um bloco, faça. Não quer fazer uma frente, não faça. Agora, vamos ter um programa mínimo. Suponho que esse programa mínimo é oposição ao governo, defesa da democracia, da soberania nacional e de reformas políticas, estruturais, sociais e econômicas que levem à distribuição de renda, da riqueza e do poder cultural e formação nesse país”, afirmou”.

Informações Terra e Brasil247


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