Donos do Capital não apostam mais no Brasil – Crescimento em 2019 sobe o telhado

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Com informações Monitor Digital

‘Donos do capital não estão apostando na economia brasileira’.

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2018 frente a 2017. Em valores correntes, a soma de tudo o que o país produziu ao longo do ano totalizou R$ 6,8 trilhões. É o quarto ano de insucesso das políticas de austeridade: em 2017 a alta foi igualmente de 1,1%, após retrações de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016.

Com os dados divulgados pelo IBGE, que mostram o primeiro trimestre de 2018 em alta e o quarto trimestre em baixa, “o ano de 2019 começa muito frágil, podendo nem registrar crescimento, sobretudo se for aprovada a reforma da Previdência”, analisa o economista Marcio Pochmann em nota no Twitter.

O FGV Ibre projeta crescimento do PIB em 2,1% no ano, puxado principalmente pela recuperação da construção civil, que apresenta sintomas de melhora. Mas a pesquisadora da instituição Juliana Cunha alerta para a falta de investimentos.

Após três anos de quedas, os investimentos cresceram 4,1% no ano. O número inspira cautela, já que houve uma mudança na metodologia de cálculo. Plataformas de petróleo que já estavam em funcionamento foram incluídas no cálculo.

“Mesmo sem as plataformas, o resultado seria positivo, mas bem menor. Para voltarmos ao mesmo nível do primeiro trimestre de 2014, antes da recessão, os investimentos terão que crescer 35,9% acima do nível do quarto trimestre de 2018”, explica a pesquisadora.

A redução do investimento no último trimestre é um dos resultados mais preocupantes do anúncio do PIB na avaliação de Juliana Inhasz, professora de economia do Insper. “O que esse indicador revela é a que a sociedade que tem dinheiro e capital não está apostando dentro da economia brasileira. Esse número sinaliza a desconfiança dos investidores de que Bolsonaro colocará o Brasil nos trilhos”, explicou em entrevista ao jornal espanhol El País.

José Pena, economista-chefe do Porto Seguro Investimentos, afirma que os números divulgados pelo IBGE confirmam as expectativas de um quadro de fraqueza do processo de recuperação da atividade ao final de 2018 e que parece se manter neste início de 2019, apesar de algumas melhoras no cenário desde então, como a redução dos juros e o real mais forte frente ao dólar.


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