Prisão de Temer e Moreira Franco causa adiamento na tramitação da reforma da Previdência

Michel Temer e Moreira Franco
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Com informações Monitor Digital


Prisões de próceres do MDB dificulta aprovação do projeto do governo.

As prisões do ex-presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco levantaram mais um obstáculo à reforma da Previdência. Deputados lembraram que o MDB tem 34 votos na Câmara, e agora a negociação do governo fica ainda mais delicada. A prisão ocorreu um dia após a divulgação da proposta para os militares, que desagradou os parlamentares.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é genro de Moreira, cancelou sua agenda. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou para a semana que vem a análise do projeto de reforma. Nesta quinta-feira, estava marcada a eleição do relator da proposta na CCJ, o que acabou cancelado.

No mercado financeiro, dominou o pessimismo. A XP Política, braço de análise do grupo de investimento, distribuiu análise a seus clientes em que fala que “um ambiente mais turvo e quente no Congresso não tem como ser bom para a reforma da Previdência”.

E prossegue a XP: “Judiciário e MP, que hoje prendem Temer, são as mesmas categorias que, junto com outras da elite do funcionalismo, farão pressão pesada contra a reforma no Congresso.”

Seis partidos de oposição ao governo – PDT, PT, PSOL, PSB, PCdoB e PCB – decidiram lançar, na próxima terça-feira, uma frente parlamentar contrária à reforma da Previdência. O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse à Agência Câmara que a decisão marca uma reunificação dessas legendas. Cinco dos partidos – o PCB não tem representação na Câmara – têm 132 votos.

Muitos políticos avaliaram as prisões como uma forma de a Lava Jato, que vinha colecionando críticas e derrotas, retomar apoio popular.

 


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