Bolsonaro decreta fim da proposta de capitalização na Previdência.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que não quer “complicar” o andamento da reforma da Previdência. Portanto, disse Bolsonaro, a discussão do sistema de capitalização de aposentadorias não é essencial no momento e pode ficar para depois.
A implantação do modelo de capitalização é a menina dos olhos do ministro da Economia, Paulo Guedes, que se inspira no – fracassado – sistema chileno, que ajudou a implantar na ditadura Pinochet.
Apesar de dizer que está preparado para qualquer resultado, o ministro já declarou, mais de uma vez, que sem aprovar a reforma, não tem motivo para ficar no cargo.
Se depender do presidente e dos parlamentares, pouco da proposta inicial irá para frente. “Nós não queremos é complicar o andamento da reforma que está aí. Eu não quero desidratar nada, mas não é essencial isso (o projeto de capitalização) no momento. A ideia era botar a PEC (proposta de emenda constitucional) e depois regulamentar lá na frente, via o Parlamento também”, afirmou Bolsonaro.
Apesar da cada vez maior dificuldade em aprovar a reforma, o mercado financeiro fechou a sexta-feira com a Bolsa de Valores em alta de 0,83%. Na semana, o mercado de ações valorizou 1,8%.
Bolsonaro deixou praticamente acertada a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Está agendada uma reunião para esta segunda-feira entre o presidente e Vélez para tratar da permanência ou não no cargo.
Segundo o presidente, o ministério precisa funcionar “redondinho”, o que não tem acontecido, mas evitou tratar o afastamento de Vélez como inevitável. “Só a morte não tem conserto”, afirmou. O ministro assinalou que não pedirá demissão: “Não vou entregar o cargo”.
Com informações Monitor Digital