Saúde é atingida de morte pelos cortes do MEC

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Não é apenas o futuro da educação que está ameaçado com o bloqueio de verbas imposto pelo Ministério da Educação (MEC), mas também uma série de pesquisas e projetos de extensão que visam beneficiar a sociedade.

Desde estudos para prevenir e tratar doenças como o câncer, a depressão e o Mal de Alzheimer, até testes para melhorar a qualidade de vida de agricultores catarinenses expostos a agrotóxicos, serão afetados, de acordo com a pró-reitoria de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina, Sebastião Roberto Soares.

Apenas nos primeiros quatro meses deste ano, 268 projetos de pesquisa tiveram início na UFSC (que perdeu mais de 60 milhões). Entre eles, alguns que buscam desenvolver medicamentos contra trombose, doenças degenerativas e câncer.

Como divulgado pelo UOL, neste 19 maio, 2019 (8:07 am), o bloqueio do orçamento do MEC atingiu, ainda, em cheio, o coração financeiro de obras em três hospitais universitários, em Natal, em Palmas e em Dourados (MS).

Ao todo, quase R$ 40 milhões foram bloqueados de três instituições, afetando obras que –quando concluídas– devem criar 755 novos leitos na rede pública e servir para atender um público de 2,7 milhões de pessoas.

Além de atender à população, a ideia dos hospitais universitários é ajudar na formação de alunos da área de saúde e fomentar pesquisas em diversos campos de atuação. Por isso, eles são ligados a uma instituição federal de ensino e têm verbas do MEC.

Segundo o painel de cortes da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), a verba de 2019 para construções de hospitais ligados às universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e de Tocantins (UFT) foram 100% bloqueadas.

Como divulgado pela Brasil Fato, ainda, para o Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), cortes de gastos na saúde devem gerar 50 mil mortes prematuras (antes dos 70 anos) até 2030 devido à redução da atenção primária no Brasil. A conclusão é fruto de pesquisa que analisou os efeitos das mudanças na Estratégia Saúde da Família (ESF), programa que visa a promoção da qualidade de vida da população brasileira.

para fazer a análise, foram construídos modelos matemáticos para entender o impacto na população das medidas de redução de recursos na Atenção Primária à Saúde (APS) – como a Emenda Constitucional 95/2016 –, os cortes no Sistema Único de Saúde (SUS) e o desmonte do programa Mais Médicos, que devem aumentar em 8,6% as mortes causadas, principalmente, por doenças infecciosas e deficiências nutricionais.

O estudo analisou 5.507 municípios e faz uma projeção de mortes de 2017 até 2030, data limite para o cumprimento dos Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)


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