O vereador paulistano Fernando Holiday (DEM) decidiu alterar o projeto apresentado por ele que previa a possibilidade de internação para mulheres propensas a fazer aborto. “Em nenhum momento minha intenção foi aumentar o sofrimento da mulher”, disse.
No substitutivo ele vai retirar a necessidade de alvará judicial para aborto em caso de estupro, substituindo por um boletim de ocorrência (não necessário em caso de fetos anencéfalos nem de risco de vida para a mãe). Ele também vai retirar a obrigatoriedade de passar por atendimento psicológico, ouvir os sinais vitais do feto e ouvir as explicações sobre o aborto.
A prefeitura teria de disponibilizar esses serviços para quem quiser usar. “No caso da internação, a maneira como está escrita deixa a hipótese muito abrangente. Nesse caso, vamos especificar para dependentes físicas, para que ela possa se desintoxicar e só então decidir fazer ou não o aborto. Mas só em casos muito específicos”, disse ele. O projeto causou enorme controvérsia e levou até aliados do vereador, ligado ao MBL, a aconselharem que ele revisse seu teor.
Ciro chama Holiday de ‘capitãozinho-do-mato nazista’
Ciro afirmou que o tal projeto atingiria principalmente mulheres jovens e pobres, enquanto que mulheres com condições financeiras continuariam a fazer os abortos em clinicas ilegais. Tal prática seria analogicamente parecida com práticas higienistas nazistas. “Eu estou querendo dizer para as mulheres brasileiras de São Paulo que esse cidadão está fazendo um projeto de lei que vai capturar uma filha do pobre e obrigá-la a ser homiziada em um hospício e ter tratamento religioso compulsório. O nome disso é nazismo! Ele é um capitão-do-mato nazista. Simples assim, que venham os processos”, disparou Ciro
Com informações Jovem Pan e Estadão