A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a oscilar negativamente e é a pior desde o início do mandato. É o que mostra nova pesquisa Ibope divulgada hoje. O levantamento foi encomendado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A pesquisa mostra que 32% dos brasileiros avaliam o governo como ótimo ou bom. O levantamento indica ainda que 32% da população opinaram que a gestão é ruim ou péssima, 5 pontos a mais que na pesquisa anterior. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de junho. Foram ouvidas 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Avaliação do governo Bolsonaro em junho de 2019 (a soma dos valores pode diferir de 100% por questões de arredondamento):
Ótimo/bom: 32% (- 3%)
Regular: 32% (-1%)
Ruim/péssimo: 32% (+5%)
Não sabe/não respondeu: 3%
Em relação ao último levantamento CNI/Ibope, divulgado em abril, o índice de ótimo/bom oscilou negativamente três pontos percentuais, dentro da margem de erro: de 35% para 32%. Já o registro de ruim/péssimo subiu cinco pontos: 27% para 32%.
Na comparação entre todos os levantamentos mensais – com exceção de maio, em que não houve pesquisa -, a aprovação do governo em junho é a pior do ano.
Avaliação do governo/Bolsonaro como ótimo/bom:
jan/2019: 49%
fev/2019: 39%
mar/2019: 34%
abr/2019: 35%
jun/2019: 32%
No que diz respeito à maneira de governar do presidente, o percentual de desaprovação cresceu de 40% para 48%, enquanto a aprovação recuou de 51% para 46%. A confiança em Bolsonaro também diminuiu. O percentual dos que confiam no chefe do Executivo passou de 51% para 46% e os que não confiam aumentou de 45% para 51%.
Educação
No recorte por políticas setoriais, a área da educação registrou o pior resultado quanto à insatisfação dos brasileiros. O percentual dos que desaprovam a gestão de atribuição natural do Ministério da Educação subiu dez pontos percentuais, de 44% para 54%, enquanto os que aprovam caíram de 51% para 42%
Os dados indicam, portanto, que a avaliação piorou no período em que Abraham Weintraub está à frente do ministério. A pesquisa de abril foi realizada entre 12 e 15 abril, dias após a exoneração do ex-chefe da pasta, Ricardo Vélez Rodriguez.
Queda entre as mulheres
O cruzamento de dados aponta que a queda na popularidade do presidente é maior entre as mulheres, entre os que possuem até a quarta série da educação fundamental e entre os brasileiros com menor renda familiar.
Na análise por região, o desempenho foi pior entre os residentes nas regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste. No Sul, por sua vez, a popularidade de Bolsonaro se consolidou como a maior do país. É a única região em que mais de 50% avaliam o governo como ótimo ou bom –subiu de 44% para 52%.
Com informações Uol