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Armadilhas do acordo Mercosul-UE preocupam Bolsonaro por causa dos EUA.


O presidente Jair Bolsonaro chamou atenção para possíveis “armadilhas” no acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. Porém, ao falar sobre o assunto nesta quarta-feira, a preocupação não era com os riscos para o Brasil, mas sim sobre pontos que possam prejudicar um futuro acordo com os Estados Unidos.

A declaração foi dada a jornalistas após o presidente se reunir, no Palácio do Planalto, com o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur Ross, que cumpre agenda oficial no Brasil.

Em evento realizado na terça-feira, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo, Wilbur Ross argumentou que há diferenças entre as exigências para comércio com a União Europeia e com os Estados Unidos. Nesse caso, parâmetros e padrões relacionados a diversos setores econômicos, bem como indicadores e regulação sanitária, por exemplo, poderiam travar um eventual acordo com o Brasil, já que o país pode ter aderido aos padrões europeus no acordo fechado recentemente entre o Mercosul e a União Europeia.

Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2018, as exportações de produtos brasileiros ao país norte-americano representaram cerca de 12% do total, somando US$ 28,7 bilhões, informa a Agência Brasil.

Entre os principais produtos exportados estão aviões, óleos brutos de petróleo e produtos semimanufaturados de ferro e aço. O Brasil importa principalmente combustível refinado, como gasolina e óleo diesel.

Os EUA já controlam quase 70% das importações brasileiras de gasolina. Nos seis primeiros meses deste ano, as importações deste combustível vindas dos Estados Unidos somaram US$ 634 milhões. A situação é ainda mais grave no caso do óleo diesel: as refinarias norte-americanas foram responsáveis por 86% das compras brasileiras no período de 12 meses entre junho de 2018 e maio de 2019.

Com informações Monitor Digital


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