Nunca na história se investiu tão pouco no Brasil

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União vai cortar ainda mais investimentos, mantendo o Brasil no atoleiro.

Os investimentos do Governo Federal deverão cair até 40% no ano que vem em comparação com o orçamento de 2019, revelou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, à Folha de S. Paulo. A previsão para 2020 é que sejam investidos entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. A previsão deste ano se situa entre R$ 35 bilhões e R$ 40 bilhões.


Se confirmado o orçamento do ano que vem, será o menor investimento desde 2007, quando a série começou a ser medida. Há 12 anos, foram investidos R$ 72,7 bilhões, valor que chegou ao recorde de R$ 103,2 bilhões em 2014. Ambos os valores foram corrigidos pela inflação.


Sem a participação do governo, a saída da crise econômica fica mais distante. Nesta quinta-feira, o IBGE divulgará o desempenho da economia no segundo trimestre de 2019. Se houver queda no Produto Interno Bruto (PIB, soma de tudo que se produz no país), o Brasil estará oficialmente em recessão técnica.


Um dos programas que puxou os investimentos até 2015, o Minha Casa Minha Vida passa por cortes no orçamento e pouco ajudará. “Desde o início do ano, com o contingenciamento do orçamento da União, a falta de repasse de recursos tem levado à paralisação de obras, invertendo o quadro em que as empresas que operavam com o programa eram mais confiantes e otimistas. Ou seja, o programa perde cada vez mais sua capacidade para atenuar os efeitos da crise”, observou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.


O Minha Casa Minha Vida exerceu um papel fundamental de sustentação da atividade de construção. Os investimentos do programa permitiram que as empresas que operavam com a habitação popular mantivessem um patamar de investimentos que contribuiu para amenizar a retração das demais áreas setoriais.


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