Pressionada, OEA convoca reunião para discutir golpe na Bolívia

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México concede asilo político ao ex-presidente Evo Morales.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou nesta segunda-feira uma reunião do conselho permanente para discutir a “situação da Bolívia”. O encontro foi marcado para esta terça-feira. Mais cedo, a organização afirmou que “rejeita qualquer saída inconstitucional da situação” e pediu que se “respeite o Estado Democrático” do país.

No domingo, inconformado com o silêncio da OEA durante o golpe dado na Bolívia, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que convocaria uma reunião urgente com a entidade solicitando explicações.

López Obrador enfatizou que o ex-presidente Morales renunciou ao cargo para evitar uma guerra civil e reiterou que o que aconteceu na Bolívia foi um golpe de Estado.

Outros governos da América Latina e do Caribe se uniram para condenar a OEA por sua ação diante da crise política gerada pela oposição boliviana que se recusou a reconhecer os resultados das eleições gerais de 20 de outubro passado.

“A OEA faz parte do golpe de Estado”, denunciou no domingo o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e acrescentou que a organização regional, liderada pelo secretário-geral Luis Almagro, “esfaqueou a Bolívia.”

O México concedeu nesta segunda-feira asilo político a Evo Morales. Além de Evo, também renunciaram ao cargo o vice-presidente do país, Álvaro García Linera; o presidente da Câmara de Deputados, Víctor Borda; e a presidente do Senado, Adriana Salvatierra. Cabe agora ao Legislativo escolher um novo presidente do Senado, para que possa acatar a renúncia de Morales e dar início ao processo de novas eleições.

Segundo informações de agências internacionais, pelo menos 13 pessoas ficaram feridas durante violenta repressão da polícia contra manifestantes que se opõem ao golpe de Estado na Bolívia. Apoiadores de Evo Morales foram atacados pelas forças de segurança na região de El Alto, a 20 quilômetros de La Paz. A polícia utilizou cassetetes, bombas de efeito moral e balas de borracha, mas há relatos do uso de armas de fogo contra a população.

Desde a madrugada, o Exército boliviano está nas ruas procurando e prendendo qualquer pessoa suspeita de ser opositora ao golpe de Estado. Milícias violentas a serviço do golpe também atuam fortemente na repressão e na perseguição.

Com informações Monitor Digital


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