Trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) entram em greve de cinco dias

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Paralisação acompanha movimento nacional contra a privatização de refinarias da Petrobras

Trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, deram início nesta segunda-feira (25) a uma greve de cinco dias no Rio Grande do Sul. A paralisação acompanha o movimento nacional contrário à privatização de refinarias da Petrobras, entre elas, a unidade localizada na Região Metropolitana.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Estado (Sindipetro-RS), a adesão atinge 85% dos 700 profissionais da Refap. Já a Petrobras informou que ainda está analisando os impactos do movimento.

Anunciada na última sexta-feira (22), a greve abrange os empregados filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 13 sindicatos. Eles decidiram manter o movimento mesmo após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar que os petroleiros se abstenham de paralisar as atividades, sob pena de multa diária de R$ 2 milhões aos sindicatos.

— Não sabemos o que irá acontecer com os nossos empregos. Além disso, também estamos enfrentando uma queda drástica nos investimentos em manutenção das unidades, o que aumenta a quantidade de incidentes dentro da empresa. Isso tem a ver com o desmonte que a gestão da Petrobras está fazendo para vender toda a estrutura a preço de banana — denuncia Dary Beck Filho, um dos diretores do Sindipetro-RS.

Na tarde de quarta-feira (27), os petroleiros se reúnem na Praça da Matriz e, na manhã de sexta-feira (29), em frente à Refap. Eles cobram posicionamento do governador Eduardo Leite sobre a venda da refinaria. Para pressioná-lo, encaminharam uma carta elencando os impactos da saída da Petrobras do Estado — entre eles, indicam que haverá queda de arrecadação de ICMS e royalties do petróleo para municípios.

Os sindicatos garantem que o abastecimento de combustível está garantido mesmo com a greve, em cumprimento à lei. O processo de atraso nas operações das unidades, de acordo com o coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, ocorre de modo gradual por causa da temperatura e da segurança dos equipamentos.

Hoje, a privatização da Refap está em fase de definição da disputa. Nessa etapa, os compradores interessados podem estudar os dados técnicos das unidades para elaborar a sua proposta de preço.

Com informações Gaúcha ZH


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