Medidas de Guedes são insuficientes

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Ministro recicla números e quer que empresas enforcadas se endividem.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, garantiu que as ações da área econômica para reduzir os danos provocados pela crise do coronavírus totalizam R$ 700 bilhões, entre antecipações de recursos, liberação de linhas de crédito e aumento de gastos públicos.

“Malandragem de Guedes, que apresenta pacote para economia devido ao coronavírus, sendo parte ínfima de recursos adicionais, já que a maior parte representa antecipação de gasto ou adiamento de receita”, criticou o economista Marcio Pochmann em nota no Twitter.

As principais medidas anunciadas nesta sexta-feira foram uma linha de crédito de R$ 40 bilhões para financiar salários, que estará disponível a empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões; suspensão dos vencimentos dos tributos enquanto perdurar o estado de calamidade pública; prorrogação de validade de certidões negativas estaduais e municipais.

Para o consultor político Orlando Thomé Cordeiro, o caminho até agora é equivocado. “Apesar de anunciadas com pompa e circunstância, as medidas simplesmente transferem para o segmento de pequenas e médias a responsabilidade pela gestão da crise. Em outras palavras, empresas já sem capital de giro e enforcadas por operações de financiamento contraídas antes da crise estão sendo instadas a se endividarem ainda mais num cenário de recessão econômica”, explica.

“Não são tempos de normalidade”, continua Thomé. “Nesse cenário há que trabalhar soluções não ortodoxas, injetando dinheiro novo na economia. Para isso o governo decretou e o Congresso aprovou o Estado de Calamidade Pública. Precisamos de um mini New Deal, com a disponibilização de recursos financeiros diretos – não empréstimos – para micro, pequenas e médias empresas. Estamos falando de algo como R$ 500 bilhões. Sem gasto público não superaremos a recessão”, alerta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou a decisão do Governo Federal de oferecer uma linha de crédito emergencial de R$ 20 bilhões para pequenas e médias empresas, mas qualificou a iniciativa como “tímida” e pediu que o governo também apresente soluções para outros setores da sociedade.

Maia voltou a falar sobre a proposta de Emenda à Constituição que cria um Orçamento paralelo para este ano, a ser aplicado em ações de combate ao coronavírus. Ele disse que esperar chegar a um entendimento na próxima semana com os líderes partidários a respeito do tema.

Com informações Monitor Digital


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