ESCÂNDALO ITAIPUGATE PODE EXPLICAR POR QUE BOLSONARO NOMEOU CORRUPTOS PARA ITAIPU!

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Já seria um absurdo por si só a indicação de Carlos Marun e José Carlos Aleluia para a condução da hidrelétrica de Itaipu por serem políticos notoriamente conhecidos por práticas corruptas, mas o que é ainda mais agravante é que a hidrelétrica é alvo de investigação de uma comissão bicameral [uma espécie de CPI] no Paraguai, onde justamente o nome de Bolsonaro aparece nas investigações. GOVERNO BRASILEIRO MANIPULOU ACORDO DE ITAIPU PARA BENEFICIAR EMPRESA LIGADA A BOLSONARO !

O escândalo internacional que jamais ganhou a devida importância no Brasil, quase derrubou o presidente paraguaio Mario Abdo, se não fosse os acordos imediatos com o centrão paraguaio e os recuos de Bolsonaro, Abdo não era mais presidente do país vizinho.

Em 01 de agosto de 2019 O Jornal ABC do Paraguai estourou novo escândalo envolvendo o presidente do brasileiro Jair Bolsonaro, o Presidente Paraguaio Abdo Benítez e Vice-Presidente Velázquez , segundo o jornal um consultor jurídico do vice-presidente Hugo Velázquez intermediou os negócios da ANDE com a Léros uma empresa brasileira ligada à família de Jair Bolsonaro, um encontro ocorrido no dia 10 de maio, em Ciudad del Leste, contou com a participação do empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP). A principio a reportagem paraguaia afirmou que Giordano se apresentou como senador na reunião e teria respaldo do governo do presidente Jair Bolsonaro, mas adiante, ficou provado que o senador Major Olímpio (PSL-SP) estava em Assunção no dia do acordo, acordo esse que beneficiaria a empresa brasileira, que compraria de forma ilegal excedentes de energia paraguaia para a comercialização em território brasileiro, após o escândalo vir a tona, o governo brasileiro rompeu o acordo. Após revelação de escândalo Brasil e  Paraguai rompe acordo que favorecia Bolsonaro.

Tais fatos foram confirmados pelo advogado Rodríguez González que em suas declarações afirmou ter um representante do governo brasileiro se apresentando como senador, “Foi assim que me disseram”, ele disse ontem. Em Ciudad del Este, havia vários executivos para negociar, dois brasileiros, um deles com credenciais de senador”.

Giordando e Olímpio são os elos de ligação de Bolsonaro com a Léros

Giordano esteve no Palácio do Planalto um dia depois que Jair Bolsonaro se encontrou com Mario Abdo Benítez em Foz do Iguaçu.

Anteriormente Eduardo Bolsonaro havia se reunido clandestinamente em março na Embaixada do Paraguai com a empresa Léros e com o ministro da economia paraguaio para fazer negociação de energia de Itaipu.

Em 20 de junho, o então embaixador paraguaio no Brasil, Hugo Saguier Caballero, enviou uma mensagem ao então chefe da Itaipu no Paraguai, José Alberto Alderete. Nele, ele diz que foi convocado pelo Itamaraty e que a cúpula presidencial do país vizinho lhe deu um acocho que expressava “o mal-estar do governo brasileiro”, não do Ministério das Relações Exteriores, mas do governo. Em 24 de julho, o embaixador Federico González foi novamente com Pedro Ferreira, então presidente da ANDE, para assinar e consumar o contrato do acordo bilateral. Ferreira recusou e apresentou sua renúncia.

O chefe do Gabinete Civil Presidencial, Julio Ullón confirmou que recebeu a Leros, empresa ligada a família Bolsonaro. Ele disse que “os empresários que brasileiros falaram sobre a possibilidade de comercializar energia do Paraguai para o Brasil desde abril”, quando a ANDE apresentou um dossiê para investidores interessados, a operação não seria ruim por si só, mas eles queriam fazer isso debaixo da mesa e sem licitação. Julio Ullón confessou o encontro com a Leros logo após o Jornal Hoy divulgar parte de uma conversa vazada que teria ocorrido via WhatsApp entre a Ministra Carla Bacigalupo e uma pessoa que não identificada (a captura foi apagada pela secretária de Estado) e refere-se a Julio Ullón, chefe de gabinete civil da Presidência da República.

Em 21 de agosto de 2019 o jornal ABC Color revelou uma nota fiscal onde Joselo, o advogado que citou Bolsonaro, aparece em recebendo supostos serviços de uma empresa familiar de Alcides Jiménez, que foi nomeado por Abdo Benítez com a presidência da ANDE depois aconselhar pela assinatura do Acordo Bilateral, a suspeita é que o pagamento seja por comissão na intermediação da negociação entre a Leros e a Ande, nesse caso a Leros teria usado uma empresa paraguaia como laranja para dar ar de legalidade na negociação. Em 08 de agosto, o site a postagem revelou que mensagens trocadas entre Pedro Ferreira, ex-presidente da estatal elétrica Ande e o advogado José Rodríguez González, assessor jurídico informal da vice-presidência do Paraguay, havia enviado uma correspondência para a empresa Leros, é possível identificar no envio dessa carta em nome da empresa ligada a Bolsonaro e ao empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), que o endereço é o mesmo do diretório do PSL. 

Documentos trocados entre a ANDE e a Léros mostram a ligação de Bolsonaro com a negociata

Um dia antes no dia 20 de agosto Jornal paraguaio ABC Color trouxe a tona uma mensagem de whatsapp que mostra que o advogado Rodríguez González teria informado ao alto escalão paraguaio que a empresa Leros seria ligada a Bolsonaro e sua família, por isso era necessário acelerar as negociações beneficiando a empresa brasileira. Joselo relacionou a Leros com a família Bolsonaro e atuou como gerente em nome do vice-presidente. Desde abril daquele ano, os gestores da Leros foram várias vezes ao Paraguai em voos privados, como ficou provado. 

Desde então o caso perdeu repercussão no Brasil e no Paraguai, uma espécie de abafa, a comissão bicameral investiga o caso para apurar as responsabilidades de Bolsonaro e da empresa ligada a sua família, contudo Bolsonaro nomeia corruptos para fortalecer o esquema, visto que a Léros continua interessada na comercialização do excedente de energia paraguaia.

 


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