Apesar disso, a capital entrou na fase amarela e vai poder, a partir da próxima semana, reabrir bares, restaurantes e salões de beleza.
Pela terceira vez nesta semana – e de forma consecutiva -, o Estado de São Paulo bateu o recorde de casos confirmados de infecção por coronavírus em um único dia, com a notificação de mais 9.921 registros nas últimas 24 horas. Apesar disso, o governo paulista diz que o número de novos casos está dentro das projeções esperadas para o mês de junho. Com isso, o estado soma agora 258.508 casos confirmados de Covid-19.
O estado contabiliza até agora 13.966 óbitos em consequência do coronavírus. Há ainda 5.666 pessoas internadas em UTIs de todo o estado em casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, além de 8.274 pessoas internadas em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 65,4% e, na Grande São Paulo, em 67,7%.
A capital paulista entrou na fase amarela do Plano São Paulo e vai poder, a partir da próxima semana, reabrir bares, restaurantes e salões de beleza. Apesar disso, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que houve uma recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo para que a capital espere por mais uma semana – e confirmando a manutenção na fase amarela na próxima sexta-feira (dia 3), poderá então reabrir esses comércios a partir do dia 6 de julho. Segundo ele, a prefeitura vai aproveitar a próxima semana para conversar e dialogar com os setores que estarão autorizados a funcionar na fase amarela.
Hoje, o governo apresentou uma nova atualização do Plano São Paulo, plano de retomada da atividade econômica do estado – e que começou a ser feito a partir do dia 1º de junho. O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase.
Com a nova atualização, grande parte do estado foi classificada na fase 1 – vermelha. Com isso, as regiões de Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba terão que se manter em quarentena e só poderão reabrir atividades consideradas essenciais como de logística, abastecimento, saúde e segurança. Isso ocorreu, sobretudo, pelo aumento no número de casos, enquanto na região de Piracicaba, houve também aumento expressivo de óbitos.
Já a capital paulista e duas Regiões Metropolitanas – a Sudeste e a Sudoeste – entraram na fase amarela, quando bares, restaurantes e salões de beleza e barbearias poderão reabrir, mas com limitação de 40% do público e horário reduzido de funcionamento, podendo funcionar por apenas seis horas. Já os shoppings centers e comércio de rua, que poderiam abrir já na fase laranja, poderão agora ampliar o horário de funcionamento de quatro para seis horas por dia, além de poder ampliar também sua capacidade, de 20% a 40%.
As demais regiões do estado estão na fase laranja, que prevê reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.
Apesar da flexibilização, o governador de São Paulo, João Doria (também do PSDB), anunciou hoje, pela sexta vez, a prorrogação da quarentena em todo o estado de São Paulo até o dia 14 de julho.
Na média estadual medida a cada sete dias e fechada na última quarta (24), houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para tratamento da Covid-19 de 66,5% para 65,5% na comparação com a semana anterior, além de aumento na média de vagas por 100 mil habitantes de 19,1 para 19,7. Já a taxa de internações caiu 2% na mesma comparação. No entanto, a média estadual de casos de infectados por coronavírus subiu 35% na mesma comparação. Houve aumento também na taxa semanal de mortes por Covid-19, que subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada. Na comparação mensal, o número de infectados passou de 81 mil novas infecções em maio para 138.889 em junho e os novos óbitos passaram de 5.240 em maio para 6.144 em junho. Isso se deve, sobretudo, ao interior do estado, onde está ocorrendo uma aceleração da pandemia.
Com informações Monitor Digital