SP e Rio reabrem bares e restaurantes com restrições e movimento baixo

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Comerciantes vão se adaptando à nova realidade com faturamento bem abaixo do normal na retomada.

Bares e restaurantes espalhados pelo Brasil retomaram suas atividades após flexibilização das quarentenas. Entretanto, o movimento destes estabelecimentos foi baixo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, onde o comércio já retomou as atividades com restrições.

Segundo o Sindicato dos Lojistas de São Paulo, o comércio paulista teve um fluxo de 10 a 20% do movimento normal nos primeiros dias. Já no Ceará, onde bares e restaurantes também foram liberados com restrições, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do estado (Abrasel) aponta que apenas 40% dos estabelecimentos conseguiram voltar logo nos primeiros dias da retomada. No Rio de Janeiro, O Sindicato de Bares e Restaurantes aponta que, apesar da reabertura permitida desde o início de julho, cinco em cada 10 bares acreditam que vão demitir funcionários após a pandemia.

Já levantamento do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que pequenos negócios apresentam sinais de lenta reação diante da pandemia. Segundo o estudo, feito entre os dias 25 e 30 de junho, apesar do aumento no número de empresas que conseguiram crédito, ritmo de liberação de empréstimos não acompanha crescente demanda.

Após período crítico para manter os negócios em funcionamento, as micro e pequenas empresas brasileiras apresentaram sinais de pequena reação diante dos impactos da pandemia. Enquanto na primeira semana de abril, a perda média do faturamento chegou a 70%, no último levantamento esse percentual caiu para 51%.

Os dados fazem parte da 5ª edição da Pesquisa “O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios” que teve a participação de 6.470 participantes entre Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O levantamento aponta que desde o início da pandemia, 800 mil empresas conseguiram estancar a queda no faturamento. A proporção de pequenos negócios com redução no faturamento caiu de 89% para 84%, desde março, quando foi feita a primeira edição da pesquisa. Essa recuperação, entretanto, não é igual para todos os segmentos. Alguns setores como o agronegócio, indústria alimentícia e pet shop/veterinária apresentam maior capacidade de retomada, ao contrário de setores mais diretamente afetados, como turismo e economia criativa.

O levantamento também mostrou que 30% das empresas voltaram a funcionar desde o início da crise, adaptando-se ao novo cenário, intensificando a transformação digital dos negócios com o aumento das vendas virtuais. Em dois meses, 12% das empresas fizeram a adaptação do modelo de negócio para o formato digital. Ao mesmo tempo em que houve um aumento de 37% para 44% das empresas que estão utilizando ferramentas digitais para se manterem em funcionamento, houve uma redução de 39% para 23% das empresas que afirmam que só podem funcionar presencialmente.

De uma forma geral, a pesquisa também mostra que houve uma redução na restrição de circulação de pessoas no período analisado, com queda de 63% para 54% nas medidas de isolamento (fechamento parcial) e lockdown (confinamento total). Por outro lado, observa-se que as regiões em que o nível de isolamento era menor, como Sul e Centro-Oeste, caminham agora em sentido contrário ao movimento nacional e tiveram que aumentar as medidas de isolamento. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a restrição subiu de 38% para 72% nos últimos 30 dias.

Com informações Monitor Digital


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