Brasil tem 12,2 milhões de pessoas sem trabalho

Gostou? Compartilhe!

Entre PMEs, 75,1% não estão conseguindo vender seus produtos/serviços e 36,7% planejam pedir empréstimo a parentes e amigos.

A taxa de pessoas desocupadas no Brasil é de 13,1% da população, em um total de 12,2 milhões de pessoas sem trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19) para a segunda semana de julho, entre os 5 a 11, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número fica acima da taxa de 12,3% da semana anterior (11,5 milhões) e da primeira semana de maio, que registrou 10,5% da população desocupada. A Pnad Covid-19 estima em 81,1 milhões de pessoas a população ocupada do país na segunda semana de julho, enquanto nos sete dias anteriores o número estava em 81,8 milhões, o que mostra queda relacionada à primeira semana da pesquisa, na primeira semana de maio. Lá eram 83,9 milhões de pessoas ocupadas.

Em termos percentuais, o nível de ocupação alcançou 47,6%. O IBGE considerou estável na comparação com a semana anterior (48,1%), mas recuo em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%). A proximidade da taxa de informalidade chegou a 34%, também uma estabilidade frente a semana anterior (34,2%) e de queda se relacionada à semana entre 3 a 9 de maio (35,7%).

Entre 5 e 11 de julho, 8,6% das pessoas ocupadas, 7 milhões, estavam afastadas do trabalho por causa do distanciamento social. Na semana que antecedeu eram de 10,1%. A diferença é ainda maior na comparação com a primeira semana da pesquisa, de 3 a 9 de maio, quando a taxa era de 19,8%, 16,6 milhões de ocupados afastados.

A população ocupada e não afastada do trabalho chegou a 71 milhões de pessoas, estável em relação à semana anterior (71,1 milhões) e aumento na comparação com o período de 3 a 9 de maio, quando eram 63,9 milhões de pessoas. A pesquisa indicou ainda que nesse grupo, 8,2 milhões ou 11,6% trabalhavam remotamente. Em números absolutos, o contingente ficou estável em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões), mas significa queda em termos percentuais (13,4%). Segundo o IBGE, pela primeira vez, o número de pessoas ocupadas que trabalhavam de forma remota caiu, porque na primeira semana de julho eram 8,9 milhões.

O IBGE informou também que a taxa de participação na força de trabalho ficou em 54,8% na segunda semana deste mês, bem perto do período anterior (54,9%) e da primeira semana de maio (55,2%). Já a população fora da força de trabalho, as pessoas que não estavam trabalhando nem procurava por trabalho, era de 76,9 milhões de pessoas. Isso representa estabilidade em relação à semana anterior (76,8 milhões) e também em relação à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões).

Conforme a pesquisa, cerca de 28,3 milhões de pessoas ou 36,7% da população fora da força de trabalho disseram que gostariam de trabalhar. O contingente ficou estável frente a semana anterior (28,7 milhões ou 37,4%), no entanto, cresceu frente a semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

A pandemia ou a falta de uma ocupação na localidade em que moravam foram as causas para cerca de 19,2 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar, não procurarem trabalho. Esse dado corresponde a 68% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. O resultado se manteve estável na comparação com a semana anterior (19,4 milhões ou 67,4%) e também na relação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).

Já pesquisa realizada pelo Chazz, estúdio de design criativo da Everis, consultoria especializada em TI e Negócios, do grupo NTT Data, apontou que os trabalhadores informais representam 41,4% da força de trabalho nacional em 2020. A pesquisa “Trabalhadores Essenciais”, do estúdio de design da Everis, cujo título respeita a constatação de que a maioria desses profissionais considera o termo “informais” pejorativo, considerou profissionais que trabalham por conta própria sem CNPJ registrado, não tem carteira de trabalho no setor privado, que trabalham ajudando parentes em seus negócios e que são empreendedores sem CNPJ registrado.

A pesquisa detectou que as principais tensões que impulsionam o crescimento do mercado informal são: altos índices de desemprego; empreendedorismo estrutural; digitalização do mercado; e inovação exigida pelo capitalismo e pouca literacia digital, entre outros – 38% da classe C tem alguém próximo sem acesso à internet, segundo a Consumoteca 2020, e 5,5 milhões de cidadãos, com renda de até meio salário mínimo, não têm conta em banco ou acesso à internet, de acordo com o Instituto Locomotiva.

Na pesquisa recente realizada pela Desabafo Social e Afrotrampos com 200 pequenos e médios empreendedores – dos quais 30,8% possuem um negócio sem CPNJ e 60,3% são MEI -, 75,1% não estão conseguindo vender seus produtos ou serviços e 36,7% planejam pedir empréstimo a amigos e familiares devido à crise da Covid-19.

A pesquisa foi realizada junto a uma amostra de 69 profissionais informais, em cinco capitais brasileiras (Belém, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo).

Com informações Monitor Digital


Gostou? Compartilhe!