Petrobras inicia venda de dois campos de petróleo de águas profundas

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Venda dos campos faz parte da estratégia da empresa, que também anunciou hoje a venda de seus 40% na GásLocal para a White Martins.

A Petrobras começou hoje o processo de venda de dois campos de petróleo localizados em águas profundas da Bacia de Campos, com a etapa de divulgação da oportunidade (teaser). Está sendo oferecida a totalidade da participação da empresa nas concessões de Albacora e Albacora Leste.

Em Albacora, campo que produziu em agosto deste ano, uma de média 38,7 mil barris de petróleo e 716 mil metros cúbicos de gás por dia, a Petrobras tem a totalidade da operação.

Já em Albacora Leste, a Petrobras é operadora com 90% de participação, enquanto a Repsol Sinopec Brasil detêm os 10% restantes. O campo produziu, em agosto deste ano, uma média de 33,3 mil barris de óleo por dia e 707 mil metros cúbicos diários.

A venda dos campos é parte da estratégia da empresa de comercializar parte de seus ativos. A Petrobras também anunciou hoje a venda de sua participação de 40% na GásLocal, distribuidora de gás natural liquefeito (GNL) em São Paulo, para a White Martins.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá começar na próxima quarta-feira, dia 30, a análise em plenário de ação que discute a possibilidade de venda de refinarias pela Petrobras sem aprovação legislativa. A data foi agendada pelo presidente da corte, Luiz Fux, segundo informação no sistema de acompanhamento processual do STF, após ele ter decidido nesta semana suspender deliberação do caso em sessão virtual na qual ministros teriam até 25 de setembro para apresentar seus votos.

O julgamento teve início após pedido das Mesas-Diretoras da Câmara dos Deputados, do Senado e do Congresso, que argumentaram que a eventual venda das refinarias iria contra uma decisão anterior do Supremo no ano passado, segundo a qual seria necessário aval do Congresso para a venda de ativos de uma empresa-matriz.

Quando a sessão virtual foi suspensa, a Petrobras tinha três votos contrários à tese defendida pela empresa e pelo governo em favor da possibilidade de negociação dos ativos de refino sem aprovação legislativa.

As discussões sobre as desestatizações ocorrem em momento em que a Petrobras tem processos avançados para venda de refinarias na Bahia e no Paraná, em meio a planos que envolvem a alienação de um total de oito ativos de refino.

Os ministros Edson Fachin, relator do caso, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski defenderam que a empresa precisaria de aprovação do Congresso para vender as refinarias porque a operação envolve a criação de subsidiárias exclusivamente com o fim de posterior privatização.

Com a análise em plenário, os votos deverão ser reapresentados pelos ministros, em sessão a ser realizada por videoconferência.

Na época da ação das mesas contra os planos da Petrobras, os ministérios de Minas e Energia e da Economia divulgaram nota em que afirmaram que a privatização das refinarias está alinhada à política energética nacional e defenderam que essas transações não iriam contra entendimento do STF.

Com informações Jornal Puro SangueAEPET e Monitor Digital


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