Desemprego é recorde, mas empresas falam em dificuldade para contratar

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O país registrou no último ano o recorde de desemprego, cerca de 13 milhões de pessoas ficaram sem trabalho. O número representa 14,4% da nossa população, o maior recorde histórico divulgado pelo IBGE. Por outro lado, as empresas se queixam de dificuldades na contratação. A explicação lógica para esse fenômeno é a falta de candidatos qualificados para preencher as vagas existentes. “O maior problema não está na habilidade técnica do profissional, mas sim, na comportamental” explica a especialista em gestão de carreiras, Erika Linhares.

Pesquisa realizada pela startup Gama Academy revelou que para 52% das empresas, a falta de competência comportamental no mercado está entre as maiores dificuldades de contratação. “Essas habilidades não são mais um desejo, elas passaram a ser essenciais em um mundo novo, para o mercado novo, para o funcionário e a empresa prosperarem. O mundo dos negócios não é mais o mesmo e as exigências dos cargos do mercado também não”, reflete a executiva.

Se antes a principal preocupação era a capacitação técnica, hoje a comportamental anda de mãos dadas com tal quesito. “Temos que aprender e desaprender o tempo todo. As corporações já perceberam que um grande diferencial da economia do futuro é ter pessoas que fazem a diferença. E, para fazer essa diferença, precisamos desenvolver as habilidades comportamentais. São necessários profissionais que saibam resolver problemas com iniciativas criativas e que saibam trabalhar em equipe, por exemplo”.

Na mesma pesquisa, um levantamento aponta ainda que as cinco principais habilidades exigidas pelo mercado são: trabalho em equipe, capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico, proatividade e criatividade. “Está aí a grande dificuldade, nada adianta ser fera em matemática, desenvolver um software ou falar vários idiomas, se o funcionário é incapaz de conversar. Pessoas continuam achando que essas habilidades comportamentais não podem ser desenvolvidas, mas isso é uma inverdade”.

Já o trabalho temporário alcançou mais de 2 milhões de vagas em 2020, segundo dados apresentados pela Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assertem), representando um aumento de 34,8% com relação a 2019 quando foram geradas 1.485.877. Puxado principalmente pelo setor da indústria – 65% das contratações temporárias foram dentro do setor – esse número revela uma demanda complementar de trabalho em segmentos como alimentos, farmacêutica, embalagens, metalúrgica, mineração, automobilística, agronegócio e óleo e gás. Já o setor de serviços foi responsável por 25% das vagas criadas, e o comércio, por 10%.

A taxa média de efetivação no ano passado foi de 20%. Nos anos anteriores, ela ficava em torno dos 15%, segundo a Asserttem.

As contratações por meio do trabalho temporário – que pode ser utilizado para substituição transitória e para demanda complementar de trabalho – devem seguir em alta em 2021, segundo a Asserttem.

Com informações Monitor Digital


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