Sem renda emergencial, desemprego pode superar 20%

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A elevação da taxa de desemprego, que já bateu o recorde de 14,6% nos últimos meses, faz parte do cenário desastroso em 2021. Com o fim do auxílio emergencial, as pessoas que receberam o benefício voltarão a procurar emprego e este contingente vai crescer, analisa o professor de economia da Unicamp Marcelo Manzano.

“Não seria surpresa dizer que a taxa de desemprego supere os 20% da população economicamente ativa. Há um grupo de desalentados que está fora do mercado de trabalho, porque sabe que está difícil encontrar emprego e está recebendo a ajuda do governo, mas que deve voltar a procurar uma vaga assim que o auxílio terminar”, explica o professor, em entrevista à CUT. “Então, o aumento do desemprego será uma consequência direta do fim do auxílio.”

O medo de perder o emprego é crescente entre os brasileiros. A preocupação é ainda mais intensa entre mulheres, jovens com idade entre 16 e 24 anos, profissionais com baixa escolaridade e moradores de periferias. É o que aponta a pesquisa Índice do Medo do Desemprego, divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o estudo, o índice ficou em 57,1 pontos, na medição feita em dezembro de 2020 – número que se encontra acima da média histórica de 50,2 pontos. “No trimestre, o indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019”, disse a CNI.

Com informações Monitor Digital


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