Dois mitos sobre a Petrobras

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Por Marcos de Oliveira

O movimento de autopreservação empreendido por Bolsonaro para limitar os aumentos dos combustíveis levou o mercado financeiro à guerra contra a heresia, convocando para a linha de frente os meios de comunicação parceiros. O ataque abusa de fake news e imparcialidade que a mídia tanto critica nos sites bolsonaristas. Como os entrevistados são ex-ministros, ex-diretores do BC e chefes de instituições financeiras, não se pode alegar despreparo ou desconhecimento; fica-se entre a análise enviesada pela ideologia ou má-fé.

Essa cobertura que se pretende jornalística infla mitos sobre a Petrobras:

1 – Prejuízo com controle dos preços. Uma comentarista chegou a falar na televisão que a estatal teve prejuízo de US$ 200 bilhões ao manter preços internos de combustíveis inferior aos internacionais. Essa política ocorreu durante três anos, de 2012 a 2014. Portanto, seria uma perda de quase US$ 70 bilhões por ano, valor desproporcional ao lucro da Petrobras – que, ressalte-se, só teve prejuízo com ajustes contábeis após 2014.

O economista aposenta da estatal Cláudio Oliveira prefere usar como critério a Geração Operacional de Caixa, que reflete melhor a realidade da empresa. Pois a Petrobras sempre gerou mais de US$ 25 bilhões por ano; em 2014, quando os preços dos combustíveis teriam causado mais prejuízo, foi justamente quando a empresa gerou mais caixa: US$ 26,6 bilhões.

2 – Refinarias não dariam conta de atender ao mercado interno pois não têm como processar o óleo pesado extraído no Brasil. “Besteirol!”, irrita-se um especialista, cujo nome a coluna prefere preservar. “Com o pré-sal, 90% da carga das refinarias da Petrobras podem ser de petróleo nacional.” Por conta da política de preços após 2016, as refinarias estão trabalhando com 40% de ociosidade. A necessidade de importação é mínima.

Com informações Monitor Digital


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