O populismo de Guedes com a Petrobras

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Por Marcos de Oliveira

O ministro da Economia, Paulo Guedes, aventou a criação de um Fundo Brasil para colocar ativos ligados ao petróleo. “Vamos fazer um programa de transferência de riqueza, na veia. Pega os 20%, 30% mais pobres da população brasileira e fala: o petróleo é nosso? É. Então toma aqui sua parte. Pega os mais pobres e vamos dar um pedaço para eles. Que aí a empresa ou paga dividendo para eles ou vende e dá o dinheiro para eles. O que não pode é ficar dando prejuízo para eles”, defendeu no podcast Primocast, de Thiago Nigro.

A referência mundial de um fundo formado com a receita obtida com petróleo é o fundo soberano da Noruega, que já acumula quase US$ 1,2 trilhão, quase 3 vezes o PIB do país. Se distribuído à população, cada norueguês receberia cerca de US$ 214 mil.

Esse seria o destino das receitas do pré-sal brasileiro no regime de partilha. Mas um fundo para educação e saúde foi abatido junto com o Governo Dilma.

Se Guedes quer ver os benefícios do petróleo distribuídos por toda a população, e não apenas aos acionistas e especuladores, deveria começar a defender que a Petrobras volte a investir em exploração, produção, distribuição e novas energias. Investimento no Brasil, que movimente empresas e centros de pesquisa aqui instalados.

A economia voltaria a se movimentar, empregos de qualidade seriam criados, e toda a população, a começar pelos mais pobres, seria beneficiada. Fora disso, ou é populismo financeiro ou tentativa de se esquivar das cobranças por usarem a Petrobras como vaca leiteira de dividendos.

Com informações Monitor Digital


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