Número de crianças em trabalho infantil é recorde: 160 milhões

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Alta é a primeira em 20 anos, segundo OIT e Unicef.

O Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, neste sábado (12), é marcado por um alerta sombrio: o número recorde de crianças nessas condições em todo o globo. O relatório “Trabalho Infantil: Estimativas Globais 2020, Tendências e Futuro”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Unicef, chama a atenção para o aumento de 8,4 milhões a mais de crianças trabalhando nos últimos quatro anos.

Ao todo, são 160 milhões vítimas do trabalho infantil, a taxa mais alta em 20 anos. Segundo a OIT, 1 em cada 10 menores está exposto à situação. Sete em cada 10 estão na agricultura, com 112 milhões de menores; depois vem o setor de serviços, com 20%, e a indústria, com 10%.

Por causa da Covid, 9 milhões a mais de crianças correm risco de terem que trabalhar até o fim de 2022. Uma simulação mostrou que este número pode subir para 46 milhões caso não haja medidas de proteção social.

Segundo dados da Pnad Contínua 2019, os últimos disponíveis, 1,758 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil no Brasil antes da pandemia.

O diretor regional da OIT para América Latina e Caribe, Vinícius Pinheiro, lembra que os dados mundiais são de 2020 e que os números devem aumentar após as consequências da pandemia na vida das crianças.

A pesquisa revela ainda um aumento significativo de crianças entre 5 e 11 anos, que agora representam metade do número global.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, afirma que o relatório é um alerta para todos. Segundo ele, não se pode permitir que uma geração inteira de crianças seja colocada em risco. Mesmo na parte do globo que havia conseguido avanços desde 2016, como Ásia-Pacífico, América Latina e Caribe, a pandemia ameaçou os ganhos.

Com informações Monitor Mercantil


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