Petroleiros reagem a Doria e repudiam ‘promessa’ de privatização da Petrobrás

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Brasil tem passado para grupos internacionais um setor sensível e estratégico da economia

A Federação Única dos Petroleiros reagiu, nesta quarta-feira 15, às declarações proferidas na véspera pelo governador de São Paulo e presidenciável, João Doria, sobre a Petrobrás. Em entrevista à Rádio Itabaiana, de Sergipe, o tucano afirmou que, se eleito para o Palácio do Planalto em 2022, privatizará a estatal.

Ao reforçar a defesa da venda da empresa, Doria criticou a “imposição de preços” sobre os combustíveis. “Nos Estados Unidos não há aumento no preço toda semana como tem acontecido no Brasil. As empresas competem, precisam ter posição de disputar o preço do combustível e também do gás, e precisam sobreviver no mercado”, disse o governador paulista.

De acordo com a FUP, os Estados Unidos acabaram com o monopólio privado de uma gigante do petróleo, a Standard Oil Company, e a transformaram em várias empresas. “Contudo, entendendo o setor como estratégico, mantiveram a hegemonia nas mãos de empresas nacionais – mais que isso, entram em conflitos internacionais em várias partes do mundo em busca de petróleo para manter sua indústria competitiva, além de o governo americano atuar também com um forte incentivo na exploração”, diz a federação, em nota assinada por Attila Barbosa.

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No Brasil, prossegue a FUP, “é a Petrobras que consegue extrair e refinar o petróleo com maior eficiência e, por isso, não tem concorrência que ameace sua hegemonia sem que haja manipulação por parte do governo, como existe hoje pela atual gestão da empresa e do setor”. O petroleiro cita como exemplo da “manipulação” a aplicação dos “preços de paridade de importação, o que encarece os combustíveis para os brasileiros e favorece os concorrentes internacionais”.

A federação também argumenta que as empresas que têm arrematado estruturas de logística, distribuição, refino e áreas de exploração vendidas “no processo já em andamento de privatização por partes da Petrobrás” são internacionais.

“Assim como parte importante de nossas reservas de petróleo tem ido parar nas mãos de estrangeiros, ou seja, o Brasil tem passado para grupos internacionais um setor sensível e estratégico da economia, um perigo para a soberania e para o desenvolvimento nacional”.

“Esse é o verdadeiro debate que deveria preocupar muito os industriais e empresários nativos”, finaliza a FUP.

Com informações AEPET


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