Petrobras gastará mais do que ganhará com venda da SIX. Para a Aepet, venda da SIX é ideológica
A venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Petrobras, para empresa canadense Forbes & Manhattan Resources, por US$ 33 milhões, “destrói valor da estatal com redução de ativos lucrativos, reduz fluxo de caixa, não tem qualquer impacto na dívida da companhia e apresenta grande risco de aumento da dívida devido aos passivos ambientais identificados e não identificados”, informa a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) em texto que será publicado nesta quinta-feira.
“É decisão ideológica, sem aderência ao plano estratégico de desinvestimento da Petrobras, voltada para desintegração da cadeia produtiva vertical e de seu enfraquecimento no futuro”, analisa a entidade.
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A Aepet atesta que a SIX é totalmente integrada e age verticalizada com as demais unidades da Petrobras, com alta rentabilidade econômica, alcançada por ser a SIX extremamente dependente do volume de borra oleosa, proveniente de tancagem de outras unidades, e do processamento da nafta de xisto, atualmente pela Repar. Os balanços dos últimos cinco anos mostram uma receita média anual de US$ 74 milhões.
A entidade levanta 6 questões sobre a venda, entra elas se as avaliações de valor foram feitas levando em contas a verticalização ou considerando a SIX como uma unidade independente e se os conselheiros levaram em conta que os investimentos necessários para processamento da borra oleosa nas refinarias da Petrobras serão maiores que o preço de venda da SIX.
Com informações Monitor Mercantil