Rejeição a Bolsonaro segue em alta

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Segundo pesquisa Modalmais/AP Exata divulgada hoje, só 23,9% classificam como bom/ótimo.

A rejeição ao governo Bolsonaro segue em alta: 54,1% da população avaliam a gestão como ruim/péssima; 22% consideram o governo regular e só 23,9% classificam como bom/ótimo. É o que aponta pesquisa Modalmais/AP Exata divulgada nesta sexta-feira.

O levantamento também apontou que a variante Ômicron segue em escalada ascendente e gerando preocupação. Os relatos nas redes sobre pessoas contaminadas estão muito frequentes e há queixas sobre a falta de dados transparentes do Ministério da Saúde. Muitos temem que um eventual novo estrangulamento do SUS provoque lockdowns (confinamentos), que seguem muito rechaçados. No entanto, restrições a grandes eventos e ao carnaval são vistas de forma majoritariamente positiva.

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O governo tem sido cobrado para disponibilizar testes em maior quantidade após redes de farmácias e laboratórios identificarem dificuldades com estoques e priorizarem pacientes em estado grave.

Defensores de vacinas têm procurado rebater a disseminação de informações falsas relacionadas à imunização de crianças. Eles acusam o presidente e seus aliados de alimentar uma rede de desinformação, que desmotiva a vacinação infantil. A questão da vacina para crianças foi envolvida na polarização política.

Após o veto do presidente ao projeto que permitia a negociação de dívidas fiscais de empresas do Simples e MEIs, opositores acusaram o governo de beneficiar apenas grandes empresas e igrejas. Governistas apontaram novos programas de renegociação de dívidas para pequenas empresas, mas opositores referiram que muitas empresas ficaram de fora e não receberam os benefícios.

A confirmação da inflação de 2021 acima de dois dígitos e a nova alta dos combustíveis deixaram a economia mais uma vez em forte evidência esta semana. Internautas cobram ações do governo para controlar a perda do poder de compra. Opositores cobram dos caminhoneiros uma atitude semelhante à greve de 2018. Eles acusam a categoria de estar refém do governo. A política de preços da Petrobras é considerada um erro para uma grande parte dos internautas.

Paulo Guedes tem sofrido forte contestação entre opositores, que não tem sido combatida por governistas.

Notícias de que Ciro Nogueira terá poder de gestão do Orçamento cimentaram o discurso de que o ministro da Economia é “carta fora do baralho” e que o Centrão está comandando o Orçamento do país.

Sérgio Moro e Ciro Gomes protagonizaram o embate da semana: Ciro provocou Moro para um frente-a-frente após o ex-juiz afirmar que debateria com qualquer um. Ciristas usaram a linguagem das redes e classificaram Moro como “arregão”. Moristas defenderam que o candidato deles ignore Ciro.

As pesquisas que preveem vitória de Lula têm incomodado adversários do petista nas redes. Bolsonaristas acusam bancos de pagarem pesquisas que favoreçam Lula, dizendo que os governos petistas beneficiaram as instituições financeiras.

Bolsonaro segue como o presidenciável mais citado no Twitter, seguido por Lula, Moro, Ciro e Dória.

Analistas do mercado também demonstram preocupação com desastres naturais e condições meteorológicas que condicionam a produção agrícola e devem causar impacto na economia e inflação. Ambientalistas apontam as alterações climáticas como responsáveis por cheias e secas, enquanto a esquerda acusa o governo de estimular queimadas e devastação das florestas, gerando desequilíbrio. O decreto assinado por Bolsonaro liberando a exploração mineira de cavernas protegidas foi amplamente contestado por defensores do meio ambiente e biólogos, que preveem maior perturbação ambiental e perda de ecossistemas.

A semana foi relativamente tranquila para o presidente. Apesar de forte contestação em diversas matérias, as menções positivas variaram entre 36% e 38%.

As paralisações prometidas por servidores federais que não seriam incluídos no reajuste de salários da PF e PRF seguem com forte apoio de opositores do governo. Governistas expõem os salários destes funcionários, bem acima da média brasileira, acusando-os ainda de trabalhar pouco. Muitos opositores acusam o funcionalismo público de ter contribuído para a eleição de Bolsonaro, mas apoiam o movimento grevista por sentirem que o desgaste do governo é inevitável. Pedidos de impeachment voltaram a ganhar relevância nas redes.

Há ainda uma expectativa que, caso o governo não reajuste os salários dos profissionais da área de segurança, eles também irão aderir a eventuais paralisações.

Os sentimentos associados a posts que mencionam o presidente também apresentam níveis estáveis. Confiança mantém o patamar de 15%, mas medo e tristeza oscilam em torno de 18%.

Com informações Monitor Mercantil


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