Petrobras – Bolsonaro tira general, mas nome indicado é ainda pior

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Adriano Pires é ferrenho opositor da estatal.

Jair Bolsonaro decidiu demitir o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, segundo meios de comunicação que citam fontes do governo. O anúncio foi confirmado. O economista Adriano Pires foi indicado para suceder Silva e Luna. Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pires é um nome que agrada o mercado financeiro por defender uma política “privatizante” na Petrobras.

Em artigo publicado na semana passada, comentando sobre os efeitos do conflito na Ucrânia, o economista propôs “construir uma espécie de fundo com subsídios específicos com duração de 3 a 6 meses que cubra o ‘efeito guerra’. Podemos usar imediatamente recursos dos dividendos pagos pela Petrobras à União ou recursos vindos de royalties, participações especiais ou mesmo da comercialização de óleo feita pela estatal PPSA. O que não podemos, e não devemos, é ceder à tentação de intervir nos preços da Petrobras.”

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O CBIE sustenta que os preços praticados pela estatal ainda estão abaixo dos valores internacionais. Analista de Research da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman comentou, antes da oficialização do nome, que Pires é “reconhecido pelo mercado como uma indicação que não romperia com as transformações operacionais e financeiras que vêm sendo executadas na companhia desde a metade da década passada. O perfil de Pires também ajuda a mitigar os efeitos oriundos deste novo possível movimento.”

Para Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras não resolverá a crise dos combustíveis. “O indicado do Governo Federal vem para acelerar a privatização da estatal e assumir o eventual desgaste pela crise no lugar do presidente Jair Bolsonaro. Já estou esperando declarações como ‘os preços estão altos por causa dos altos salários da estatal’ ou ‘privatizar e usar o dinheiro como subsídio é a melhor saída para baixar os preços dos combustíveis’, afirmou o dirigente.

As ações da Petrobras (PETR3) tiveram forte queda com a notícia da demissão: de R$ 34,09 às 16h41 para R$ 33,81 cinco minutos depois. Em seguida, houve recuperação, alcançando R$ 33,96 às 18h. Segundo Arbetman, “os desdobramentos do fato para as ações se deram de forma bem mais contidos. Isto acontece pela hora pela qual a notícia foi divulgada e pelo mercado já trabalhar há semanas com a possibilidade da mudança ser executada.”

Também nesta segunda, foi anunciado o pedido de exoneração do ministro da Educação, Milton Ribeiro, abatido por denúncias de corrupção que podem atingir Jair Bolsonaro.

Com informações Monitor Mercantil


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