Com desgoverno, até antiga Toyota fecha fábrica

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Para o sindicato dos metalúrgicos, o encerramento da fábrica em São Bernardo do Campo “não prejudica só os trabalhadores da empresa, mas toda uma rede de fornecedores, milhares de empregos podem ser perdidos”
A Toyota anunciou na terça-feira (5) o encerramento das suas atividades em São Bernardo do Campo (SP) até o final de 2023. De acordo com a multinacional japonesa, as operações da fábrica de São Bernardo, inaugurada em 1962, serão distribuídas para as três fábricas que mantém em Porto Feliz, Sorocaba e Indaiatuba.

A empresa diz ainda que manterá 100% dos empregos, se os trabalhadores quiserem se mudar para as fábricas do interior paulista. Segundo a Toyota, a unidade do ABC tem 550 funcionários.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC criticou a decisão da montadora. “Fomos surpreendidos pela direção da Toyota com o anúncio da decisão de fechamento. Há muito tempo o Sindicato vinha cobrando investimentos na planta em São Bernardo”, lembrou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.

Com o governo Bolsonaro, inúmeras fábricas fecharam as portas, outras saíram do país ou passaram a produzir apenas para exportação. O desemprego acelerou, os investimentos públicos desabaram e milhares de brasileiros foram lançados no abandono com o país estagnado.

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“O fechamento não prejudica só os trabalhadores na empresa, mas toda uma rede de fornecedores, milhares de empregos podem ser perdidos. Vivemos em uma conjuntura onde a política industrial é desprezada, tanto pelo governo do Estado como pelo governo federal. Vamos iniciar um processo de luta e resistência”, completou.

Na manhã desta quarta-feira (6), os trabalhadores da Toyota aprovaram a entrega do aviso de greve e o estado permanente de mobilização contra o fechamento da fábrica.

“Espero que a Toyota tenha responsabilidade e venha para a mesa de negociação. Possibilidade tem, essa é uma empresa que dá resultado, não prejuízo”, destacou Moisés Selerges.

Atualmente a fábrica de São Bernardo vinha sendo responsável por produzir peças para a linha de motores em Porto Feliz (SP) e componentes de exportação para a montagem do motor do sedã Camry, nos Estados Unidos.

Segundo a Toyota, a iniciativa tem como objetivo “buscar mais sinergia entre suas unidades produtivas e faz parte de seu plano em busca de mais competitividade frente aos desafios do mercado brasileiro e da sustentabilidade de seus negócios no país”.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), lamentou a decisão da montadora. “Os representantes da empresa sempre foram bem acolhidos e recebidos pela Administração Municipal, o que não justifica a sua desmobilização da cidade”, disse o prefeito ao informar que irá procurar o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, visando reverter a decisão da companhia.

Com informações a Hora do Povo 


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