No total, 61,94 milhões de brasileiros não conseguiram pagar suas contas no mês de abril, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O número de inadimplentes incluídos na base do birô de crédito aumentou quase 6% no mês passado em relação a abril de 2021.
O levantamento mostra ainda que, dos inadimplentes, metade está com dívidas atrasadas entre 91 dias e um ano. A coordenadora financeira da CNDL, Merula Borges, alerta que a inadimplência está se aproximando do maior nível histórico alcançado em novembro de 2018, quando o contingente de pessoas inadimplentes chegou a 63,08 milhões.
Segundo a CNDL, depois dos atrasos com bancos (18,75%), as dívidas não pagas de contas de água e luz (7,92%) foram as que mais cresceram em abril na comparação com o mesmo período de 2021.
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“O aumento da inadimplência de contas de água e luz retrata a situação do país”, disse Merula Borges. A energia residencial acumula alta de 20,52%, em 12 meses até abril.
A desastrosa política econômica de Bolsonaro levou o povo a se endividar com o cartão de crédito, cheque especial e empréstimos – cujos juros são cobrados a níveis de agiotagem – para comer e bancar outras despesas do dia a dia.
Pressionado pela alta dos combustíveis – que são administrados pelo governo federal – a inflação oficial do país – que é medida pela o IPCA do IBGE – registrou alta de 1,06% em abril – a maior para o mês desde 1996 – e acumula alta de 12,13%, em 12 meses.
No mês passado, o trabalhador comprometeu em média, 61% do salário mínimo para adquirir os produtos da cesta básica, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A cesta mais cara – valores médios – foi encontrada a R$ 803,99 em São Paulo, seguida por R$ 788,00 em Florianópolis, R$ 780,86 em Porto Alegre, e Rio de Janeiro R$ 768,42.
Com informações a Hora do Povo