Greve nacional petroleira: a mais forte da categoria nos últimos anos

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Greve dos petroleiros completa 10 dias nesta segunda (10), com adesões em 92 unidades do Sistema Petrobras, em 13 estados brasileiros. Entenda porque é crucial apoiá-la

A Petrobras, uma das maiores empresas do mundo, vem passando por um processo de desmonte que perpassa por diversos governos. No entanto, sob o governo de Bolsonaro, esse processo tem sido aprofundado a passos largos.

Sob o fogo de diversos ataques econômicos, o governo busca o fechamento de unidades, demissões, precarização das condições de trabalho através do desrespeito do Acordo Coletivo de Trabalho, sob a cumplicidade do Judiciário que mediou o conflito.

Não é à toa que a categoria ao entrar em greve no último dia 01/02 tomou como uma pauta central a reversão das demissões de mais de mil trabalhadores, consequência do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados Araucária, no Paraná (FAFEN-PR).

Nesta segunda, a greve completa 10 dias, com adesão em 92 unidades do Sistema Petrobras, em 13 estados brasileiros. Cerca de 20 mil trabalhadores estão mobilizados de norte a sul do país.

Já são, portanto, 40 plataformas, 18 terminais, 11 refinarias e mais outras 20 unidades operacionais e 3 bases administrativas com trabalhadores em greve por todo o país.

Num país em que a maior parte da população depende de trabalhos precários para sobreviver, tem de se submeter aos serviços de aplicativos de celular, com jornadas extenuantes, sem direito a férias, ou outros benefícios, a privatização da Petrobrás irá agravar ainda mais essa realidade.

Nesse contexto, motivos não faltam para o enfrentamento desse reacionário governo, seja pelos ataques sindicais aos petroleiros seja pelos ataques de conjunto a classe trabalhadora.

Veja o quadro nacional de greve das bases da FNP:

– Litoral Paulista

Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC);
Usina Termoelétrica Euzébio Rocha (UTE-EZR), também em Cubatão;
Terminal Transpetro Alemoa, em Santos;
Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião;
Unidade de Tratamento e Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba; e plataformas de Mexilhão, P-66, P-67 e P-69.

– Rio de Janeiro
Plataformas –74, 75, 76 e 77;
Terminal Aquaviário da Bahia da Guanabara (TABG);
Terminal da Bahia de Ilha Grande (TEBIG);
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) .

– São José dos Campos
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap).

– Manaus
Petroleiros realizam atraso na sede administrativa da UN-AM, em Manaus.

Greve em outros estados:

– Amazonas
Terminal de Coari (TACoari)
Refinaria de Manaus (Reman)

– Ceará
Plataformas – 09
Terminal de Mucuripe
Temelétrica TermoCeará
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor)

– Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest)
Terminal Aquaviário de Suape

– Bahia
UO-BA – 07 áreas de produção terrestre;
Refinaria Landulpho Alves (Rlam);
Terminal Madre de Deus
Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO)

– Espírito Santo
Terminal Aquaviário de Vitória (TEVIT);
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)
Sede administrativa da Base 61

– Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité);
Refinaria Gabriel Passos (Regap);

– Rio de Janeiro
Plataformas – 27;
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB);
Terminal de Campos Elíseos (Tecam):
Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB);
Refinaria Duque de Caxias (Reduc)

– São Paulo

Terminal de Guararema

Terminal de Barueri

Refinaria de Paulínia (Replan)

Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap)

Plataformas – 04

Torre Valongo – base administrativa da Petrobras em Santos

– Mato Grosso do Sul

Termelétrica de Três Lagoas (UTE Luiz Carlos Prestes)

– Paraná

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)

Unidade de Industrialização do Xisto (SIX)

Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa)

Terminal de Paranaguá (Tepar)

– Santa Catarina

Terminal de Biguaçu (TEGUAÇU)

Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ)

Terminal de Guaramirim (Temirim)

Terminal de São Francisco do Sul (Tefran)

Base administrativa de Joinville (Ediville)

– Rio Grande do Sul

Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)

– Rio Grande do Norte

Polo de Guamaré, Base 34 e Alto do Rodrigues – mobilizações parciais

Quadro nacional da greve – 10/02

40 plataformas

11 refinarias

18 terminais

7 campos terrestres

5 termelétricas

3 UTGC (processamento de gás)

1 usina de biocombustível

1 fábrica de fertilizantes

1 fábrica de lubrificantes

1 usina de processamento de xisto

1 complexo petroquímico

3 bases administrativas

Fonte: FNP

Com informações AEPET


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