Condromalácia patelar grau III: sintomas, diagnóstico e manejo

Se você sente dor intensa ou rangido no joelho ao subir escadas ou correr, pode estar lidando com um problema na cartilagem da patela.
A condromalácia patelar grau III é uma lesão mais avançada da cartilagem que merece atenção rápida e um plano de tratamento bem orientado.
Neste artigo eu explico, de forma direta, o que causa esse problema, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de manejo, incluindo exercícios práticos e sinais que indicam quando procurar um especialista.
O que é condromalácia patelar grau III
Condromalácia patelar grau III é o estágio em que a cartilagem sob a patela apresenta fissuras profundas e desgaste mais acentuado. A superfície da cartilagem começa a se fragmentar, causando dor e perda de suavidade no deslizamento da patela sobre o fêmur.
Conforme ressaltam os ortopedistas da clínica COE em Goiânia, essa condição pode surgir por uso excessivo, desalinhamento patelar, fraqueza muscular ou por lesões prévias. Atividades repetitivas que sobrecarregam o joelho aumentam o risco.
Sintomas comuns
A intensidade dos sintomas varia, mas alguns sinais são bastante comuns em quem tem condromalácia patelar grau III:
- Dor ao dobrar o joelho: especialmente ao subir ou descer escadas.
- Crepitação: sensação de rangido ou estalo ao movimentar a patela.
- Inchaço leve a moderado: após atividades prolongadas.
- Sensação de instabilidade: dificuldade para apoiar o peso do corpo no joelho afetado.
- Limitação de movimentos: desconforto ao agachar ou levantar da cadeira.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico começa com uma boa anamnese e exame físico. O médico avalia dor, amplitude de movimento e possíveis desalinhamentos da patela.
Exames de imagem ajudam a confirmar o grau da lesão. A radiografia serve para descartar causas ósseas e o raio-X em várias incidências pode sugerir alterações patelares.
A ressonância magnética é o exame mais indicado para visualizar a cartilagem e confirmar a condromalácia patelar grau III. Em casos específicos, a artroscopia pode ser indicada como diagnóstico e tratamento.
Manejo inicial e tratamento conservador
Na maioria dos casos, o tratamento inicial é conservador. O objetivo é reduzir a dor, controlar a inflamação e melhorar a mecânica do joelho.
- Descanso relativo: reduzir atividades de alto impacto e evitar movimentos que provoquem dor intensa.
- Gelo: aplicar por 15 a 20 minutos após atividade para reduzir o inchaço.
- Medicação: anti-inflamatórios e analgésicos conforme orientação médica para controle da dor.
- Fisioterapia: peça foco em fortalecimento do quadríceps, ganho de amplitude e correção de padrões de movimento.
- Órteses e palmilhas: quando há desalinhamento ou disfunção na pisada, ajudam a redistribuir cargas.
Exercícios úteis e progressão
Exercícios controlados são essenciais para melhorar o suporte muscular e reduzir o estresse sobre a patela. Sempre inicie com orientação profissional.
- Isometria de quadríceps: segurando contra uma parede para ativar sem sobrecarregar.
- Elevação de perna estendida: fortalece sem dobrar muito o joelho.
- Agachamento parcial: com amplitude reduzida e foco na técnica.
- Alongamento de isquiotibiais e iliotibial: para reduzir tensão que puxa a patela.
Progrida cargas e amplitude de forma gradual, monitorando dor. Se a dor aumentar de forma persistente, retorne ao estágio anterior do treino.
Tratamentos intervencionistas e cirúrgicos
Quando o tratamento conservador não alivia os sintomas, opções intervencionistas podem ser consideradas. A decisão depende de idade, nível de atividade e grau de dor.
No tratamento de lesões articulares, os melhores especialistas em ortopedia em Goiânia recorrem a um leque de técnicas que inclui desde a artroscopia para remover fragmentos soltos e corrigir desalinhamentos, até a restauração cartilaginosa ou a osteotomia para casos que demandam intervenções mais avançadas.
Cirurgias mais complexas são raras e indicadas quando há falha significativa do manejo conservador e impacto grande na qualidade de vida.
Prevenção e cuidados diários
Algumas medidas simples ajudam a reduzir o risco de piora e novas crises.
- Fortalecer o quadríceps e o core: melhora a estabilidade do joelho.
- Evitar sobrecarga súbita: aumente intensidade de treino aos poucos.
- Usar calçados adequados: suporte e amortecimento corretos diminuem impacto.
- Manter peso saudável: menos carga sobre as articulações ajuda a preservar a cartilagem.
Quando procurar um especialista
Procure um médico se a dor persistir por mais de algumas semanas, houver inchaço constante ou perda de função. Dor que limita suas atividades diárias merece avaliação com imagem e plano de tratamento.
Considere consultar um especialistas em ortopedia para avaliação e orientações personalizadas.
O que esperar do tratamento
Com diagnóstico correto e adesão ao tratamento, muitos pacientes reduzem dor e recuperam atividades. A evolução depende de fatores como idade, grau de desgaste e comprometimento da cartilagem.
Condromalácia patelar grau III pede acompanhamento contínuo. Fisioterapia e mudanças de hábito frequentemente trazem melhora significativa sem necessidade de cirurgia.
Conclusão
Condromalácia patelar grau III é uma lesão da cartilagem que causa dor e limitação, mas tem caminhos de tratamento bem definidos. Identificar sintomas cedo, fazer exames apropriados e seguir um plano de fortalecimento e reabilitação aumentam muito as chances de melhora.
Se você tem dor recorrente no joelho, procure avaliação e aplique as dicas práticas aqui descritas para aliviar sintomas. Cuide da sua mobilidade e dê o próximo passo em direção à recuperação da função do joelho com atenção ao tratamento da condromalácia patelar grau III.